Alta do dólar afeta economia da Fronteira

Alta do dólar afeta economia da Fronteira

Gangorra comercial afastou os compradores brasileiros de Rivera

Jango Medeiros

Gangorra comercial afastou os compradores brasileiros de Rivera

publicidade

A retração de vendas nas lojas uruguaias do sistema de free shops afeta diretamente a economia da Fronteira. A gangorra comercial afastou os compradores brasileiros em razão das sucessivas altas do dólar que deixaram os produtos mais caros. Alguns estabelecimentos de Rivera, vizinha a Livramento, apelam às promoções e, na última sexta-feira, chegaram a anunciar que passariam a receber o dólar a R$ 2,99 no fim de semana como forma de manter os clientes do Brasil.

A situação dos free shops afeta também a rede hoteleira. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Livramento, empresário Mozart Hillal, a queda no índice de ocupação nos hotéis da cidade gaúcha chega a 50%. Em Rivera, que possui maior número de lojas de importados do Uruguai, a retração dos negócios deixou o centro comercial vazio, reduzindo a circulação de bens e serviços. Só na vizinha cidade, cerca de mil comerciários, desde os primeiros meses deste ano, ingressaram com pedidos de seguro-desemprego, benefício pago pelo Banco de Previsión Social do Uruguai por seis meses.

Alguns empresários estimam que a queda nas vendas aproxima-se de 60%. Proprietário de um free shop em Rivera, José Luis Cornelius diz que há anos se vive uma gangorra comercial na Fronteira: bonança num lado e tristeza no outro. “São ciclos que vão e voltam dependendo do momento econômico de cada país.” Afirma que muitos empresários investiram alto em infraestrutura, pagando aluguéis que variam entre 5 e 8 mil dólares na avenida Sarandi, onde não se vê turistas brasileiros. “É uma situação especial, pois, além de provocar desemprego, afasta os investidores da cidade.”

Empreendedor criou negócio para oferecer a receita ‘perfeita’ de xis em Porto Alegre

Quinta unidade inaugurada desde 2020 tem no cardápio lanches, petiscos e pratos

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895