Após três semanas de queda, gasolina volta a subir no país

Após três semanas de queda, gasolina volta a subir no país

Preço médio passou de R$ 4,97 para R$ 5,12, um aumento de 3%, que coincide com o reajuste nas refinarias, repassado pela Petrobras

R7

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O preço médio da gasolina voltou a subir nos postos de combustíveis do país, após três semanas consecutivas de queda, e ultrapassou os R$ 5. Segundo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgado nesta sexta-feira, o litro passou de R$ 4,97 para R$ 5,12, um aumento de 3%.

A alta coincide com o último reajuste de 7,5% autorizado pela Petrobras nas distribuidoras, em 25 de janeiro, que elevou de R$ 3,08 para R$ 3,31 o valor cobrado pelo combustível. Já os preços do diesel e do etanol ficaram estáveis, com ligeira alta. O litro do diesel passou de R$ 6,28 para R$ 6,29 (0,15%), e o do etanol, de R$ 3,78 para R$ 3,82 (1%). Os dados da ANP se referem ao período de 29 de janeiro a 3 de fevereiro.

Na primeira semana de janeiro, os preços fecharam com alta, apesar de o governo federal ter prorrogado a desoneração do PIS/Cofins para combustíveis, por dois meses. A ampliação da isenção de cobrança dos tributos federais para gasolina, etanol e diesel, entre outros combustíveis, vai até 28 de fevereiro. Ainda não há definição sobre uma prorrogação do prazo por parte do governo.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina está com preço mais alinhado com o mercado internacional. Na quinta-feira, a defasagem era positiva em 6% em todos os polos de referência do país. Para equiparar os valores nacionais com os preços externos, é preciso que o gasolina em todas as refinarias suba mais R$ 0,18.

Já o preço do diesel nas refinarias da Petrobras registrou defasagem positiva de 16%, patamar que não era atingido desde agosto de 2022. Com a mudança na gestão da Petrobras, que desde o dia 26 de janeiro passou a ter como presidente o ex-senador e especialista no setor de óleo e gás Jean Paul Prates, a dúvida do mercado é como fica a política de preços da companhia, hoje baseada na equiparação dos valores internos com os preços de paridade de importação (PPI).

Prates já afirmou que não vai intervir nessa política, que vai continuar tendo como referência o mercado internacional, mas que o preço dos combustíveis no Brasil é uma questão de governo.

O ex-senador aposta na criação de uma conta de estabilização de preços, cujo projeto de lei ele mesmo relatou, antes de a tramitação travar, no ano passado. O texto visa a amortecer grandes altas ou quedas de cotação. Prates também já informou que pretende implantar uma política de preços regionalizados na estatal, mas ainda não divulgou detalhes sobre o assunto.


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