Assinada a transferência de controle acionário da CEEE-D para a Equatorial
Empresa assumirá serviços a partir da próxima quarta-feira, segundo o diretor-presidente Augusto Miranda
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A transferência do controle acionário da CEEE-D para a Equatorial Energia foi assinada na manhã desta quinta-feira pela nova empresa e pelo governo do Rio Grande do Sul. A cerimônia ocorreu no Palácio Piratini e foi marcada pela promessa de aperfeiçoamento do serviço de distribuição de energia e por investimentos que estejam de acordo com o crescimento do Estado. De acordo com o diretor-presidente da Equatorial, Augusto Miranda, a companhia assumirá os serviços a partir da próxima quarta-feira.
Logo após a assinatura do acordo, o governador Eduardo Leite tomou a palavra e definiu o vínculo com a Equatorial Energia com um casamento. "A compra de uma empresa de concessão é como um casamento. Queremos uma relação duradoura, acreditando na nossa economia e na capacidade de gerar riqueza no Estado. Estamos aqui por acreditar que o papel estadual não é necessariamente de operação. O Estado pode e deve ser um contratante do setor privado para que se prestem serviços em benefício da população", argumentou.
Leite ainda comentou que a aposta no setor privado se deu também pela necessidade de acompanhar a evolução tecnológica. "O setor privado consegue se atualizar diante das novas tecnologias, o que não ocorre na mesma velocidade com o Estado, que precisa passar por um processo de licitação para qualquer movimento do tipo. O investimento que será feito pela Equatorial virá no sentido de agilizar o aprimoramento dos serviços. O foco da privatização era na ideia de buscar um serviço melhor", salientou.
Apesar da satisfação em transferir a parte de distribuição da CEEE para a Equatorial, o governador ressaltou que o cenário não precisava ter chegado a este ponto se a estatal tivesse recebido os cuidados necessários. "Outra questão que solucionamos com a transferência acionária são os passivos da empresa. Mas é bom que se diga que nós não precisávamos chegar a este ponto, de necessitar de uma operação tão forte. No caso da CEEE, como um paciente, ela chegou à UTI por falta de cuidados prévios. A empresa não precisava ter perdido tanta saúde financeira. Tudo seria evitado se tivéssemos mais cuidados alguns anos antes", acrescentou antes de alertar que a Corsan estaria trilhando o mesmo caminho. "Hoje tem saúde financeira, mas no futuro poderá se transformar em uma companhia com graves problemas", completou.
O diretor-presidente da Equatorial, Augusto Miranda, ampliou a manifestação de Leite e destacou que a companhia fará os investimentos necessários para cumprir o planejamento do governo estadual. "Nosso modelo de gestão naturalmente irá suportar o crescimento do Rio Grande do Sul. Vamos colocar energia onde as pessoas precisam e queremos estabelecer uma relação com a Assembleia e com outros setores da sociedade para entender as demandas", disse.