Bolsa sofre queda e dólar trabalha em alta, cotado a R$ 3,80

Bolsa sofre queda e dólar trabalha em alta, cotado a R$ 3,80

Discurso de presidente do Banco Central influenciou moeda norte-americana

AE

Discurso de presidente do Banco Central influenciou moeda norte-americana

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O Ibovespa, principal índice de desempenho das ações negociadas na B3, encerrou esta terça-feira em baixa, com 95.103 pontos, uma redução de 0,94% em relação ao fechamento da segunda. O recorde do índice é 96.096 pontos e foi atingido na última sexta-feira.

Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as que mais valorizaram foram Viavarejo ON (2,71%), Braskem (3,05%), e Estacio (1,74%). As que mais se desvalorizaram foram BRF ON (5,02%), Mafrig ON (5,47%), e Gol (3,43%). As mais negociadas foram as ações da Petrobras, que tiveram queda de 1,57%, e as da Vale ON (-0,36%).

O dólar comercial fechou o dia em alta de 1,25%, cotado a R$ 3,80. Foi a sexta elevação seguida da moeda norte-mericana e o maior valor de fechamento desde 2 de janeiro (R$ 3,81). O euro também se valorizou e chegou a R$ 4,33, uma alta de 1,5% em relação à cotação de ontem.

O discurso de Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial foi monitorado de perto pelo mercado, mas teve influência limitada nos preços dos ativos, pois as mesas de câmbio esperam que eventuais novidades sobre a agenda de reformas venham de declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes. Em conversa com investidores, ele assegurou que o governo vai conseguir aprovar a reforma da Previdência.

Perto do fechamento, uma entrevista do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, à agência de notícias Reuters chegou a influenciar as cotações. O dirigente afirmou que o BC sempre olhará "no momento adequado" se os juros estão "suficientemente estimulativos". Parte do mercado interpretou as declarações de Ilan como uma mudança na sinalização do BC, com possibilidade até de corte de juros, o que deixaria o Brasil menos atrativo para estrangeiros, por conta do menor diferencial de juros. No entanto, o BC divulgou nota esclarecendo que a mensagem de política monetária não se alterou desde a última reunião do Copom.

Para o sócio de uma gestora independente, a entrevista de Ilan e o ambiente mais avesso ao risco do investidor internacional, que piorou na parte da tarde, pressionaram ainda mais o câmbio. Com isso, o dólar fechou perto das máximas do dia, voltando ao nível de R$ 3,80.

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