Brasil tem 3ª deflação seguida, com queda de 0,29% dos preços em setembro, diz IBGE

Brasil tem 3ª deflação seguida, com queda de 0,29% dos preços em setembro, diz IBGE

Menor variação da história para o mês foi motivada pelo corte de impostos e faz o IPCA acumular alta de 7,17% nos últimos 12 meses

R7

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A redução do preço dos combustíveis originou uma deflação de 0,29% em setembro, segundo informações reveladas nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados que colocam a inflação nacional no campo negativo pelo terceiro mês consecutivo representam a menor variação de preços da economia nacional para o mês de setembro desde 1980, ano que marca o início da série histórica do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Ainda que menos intensa do que a variação negativa apurada em julho (-0,68%) e agosto (-0,36%), a nova deflação faz o índice oficial de preços seguir a caminhada na direção do teto da meta, com alta de 7,17% nos últimos 12 meses. No ano, o indicador variou 4,09%.

A deflação do mês é novamente justificada pela redução das alíquotas do ICMS sobre gasolina e energia elétrica nos estados e pelo corte do PIS/Cofins sobre a gasolina e o etanol até o fim de 2022. O alívio deve ser sentido pelas famílias até o fim deste ano.

Mais uma vez, o grupo dos transportes (-1,98%) foi responsável pelo maior impacto negativo sobre o índice geral, avalia Pedro Kislanov, gerente responsável pela pesquisa. “Os combustíveis e, principalmente, a gasolina têm um peso muito grande dentro do IPCA. O item apresentou queda pelo terceiro mês consecutivo. Assim como nos meses anteriores, o resultado é consequência da redução no preço dos combustíveis (-8,50%). A gasolina (-8,33%) contribuiu com o impacto negativo mais intenso no índice de setembro (-0,42 p.p.). Os outros três combustíveis pesquisados também apresentaram queda: etanol (-12,43%), óleo diesel (-4,57%) e gás veicular (-0,23%).

Em julho, o efeito foi maior por conta da fixação da alíquota máxima de ICMS, mas, além disso, temos observado reduções no preço médio do combustível vendido para as distribuidoras, o que tem contribuído para a continuidade da queda dos preços”, explica ele.

Além disso, o grupo Artigos de residência, que havia subido 0,42% em agosto, recuou 0,13% em setembro. No lado das altas, destacam-se os grupos Vestuário (1,77%), com a maior variação positiva do mês, e Despesas pessoais (0,95%), com a maior contribuição positiva (0,10 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o 0,12% de Educação e o 0,60% de Habitação.


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