Central Única lança primeiro banco digital voltado para moradores de favelas

Central Única lança primeiro banco digital voltado para moradores de favelas

Com previsão de início das atividades para setembro, pré-lançamento ocorreu nesta sexta-feira em Porto Alegre, durante a programação do South Summit

Jonathas Costa

Banco digital já nasce com 5 mil gerentes espalhados por favelas do Brasil

publicidade

A Central Única das Favelas (Cufa) apresentou nesta sexta-feira, em Porto Alegre, o F Bank, banco digital que será lançado oficialmente em setembro em todo o país. Voltado para as pessoas que moram em comunidades, a plataforma vai oferecer produtos e serviços financeiros, culturais, de saúde e educação com valores diferenciados e, principalmente, linguagem direcionada à sua cartela de clientes.

Os detalhes da iniciativa foram apresentados durante a programação do South Summit Brazil, cujo presidente é um dos sócios-fundadores da iniciativa. José Renato Hopf, fundador da GetNet, o primeiro Unicórnio da América Latina, e também do Grupo Four, é parceiro no projeto de Celso Athayde, fundador da Cufa e CEO da primeira Holding Social do Mundo.

A empresa de Athayde e Hopf já nasce grande. Serão 5 mil agentes cadastrados, um em cada favela que a Cufa tem presença. "O teu gerente é teu vizinho. O teu gerente não vai mentir para você, porque o tribunal é ali mesmo", brincou Athayde, que hoje está à frente da Favela Holding, que reúne empresas com atuação em comunidades espalhadas pelo Brasil que vão de soluções de logística à agência de viagens.

Iniciativa foi apresentada por José Renato Hopf (E) e Celso Athayde (D) durante o South Summit Brazil, em Porto Alegre | Foto: Ricardo Giusti

Na esteira da Central Única, o F Bank também vai destinar parte dos lucros para as favelas onde está instalado. A plataforma está em testes com 30 mil usuários espalhados por todos os estados brasileiros. Segundo Hopf, serão ofertados produtos tradicionais do mercado financeiro, além de microcrédito e taxas sociais.

"As pessoas que concebem esse banco, a direção, é das favelas", pondera Athayde, ao defender que a proximidade e a linguagem serão os principais diferenciais. O projeto já tem o apoio do BTG e Banco Pan e prospecta outros parcerias. "As empresas querem esse público, mas não têm linguagem", avalia Athayde.

Veja Também


Azeite gaúcho conquista prêmio internacional

Produzido na Fazenda Serra dos Tapes, de Canguçu, Potenza Frutado venceu em primeiro lugar na categoria “Best International EVOO” do Guía ESAO

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895