Cesta básica recua em 15 de 17 capitais pesquisadas em 2023, mostra Dieese

Cesta básica recua em 15 de 17 capitais pesquisadas em 2023, mostra Dieese

Porto Alegre caminhou na contramão com alta de 0,12%

Estadão Conteúdo

Carne bovina e óleo de soja, produtos que foram sinônimo de inflação em 2022, viraram o jogo no ano passado

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O valor da cesta básica encerrou 2023 em queda em 15 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Só Belém (PA) e Porto Alegre (RS) caminharam na contramão das demais no período, com altas de 0,94% e 0,12%, respectivamente.

Campo Grande (MS) liderou o ranking de baixa no valor da cesta básica de alimentos, com recuo de 6,25% no custo, seguido por Belo Horizonte (- 5,75%), Vitória (- 5,48%), Goiânia (- 5,01%) e Natal (- 4,84%).

No mês passado, o maior custo da cesta básica de alimentos foi registra em Porto Alegre (R$ 766,53), seguido por São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Em São Paulo, o custo caiu 3,83% em 2023.

Carne e óleo de soja: de vilões a mocinhos

Carne bovina e óleo de soja, produtos que foram sinônimo de inflação em 2022, viraram o jogo no ano passado. Dos 13 alimentos que integram a cesta básica, carne bovina de primeira, feijão carioquinha, café, óleo de soja e farinha de trigo registram queda de preço em todas as 17 capitais pesquisadas em 2023, com recuos acumulados no ano na casa de dois dígitos.

A carne bovina de primeira ficou até 12,96% mais em conta no varejo de Salvador (BA), enquanto o preço do óleo de soja caiu até 33,04% em Curitiba (PR).

Já o preço do leite, outro vilão da inflação, recuou em 16 capitais, com recuo de até 16,81% em Vitória (ES).

Os produtos com alta de preços no ano foram arroz agulhinha, feijão preto, pão francês, açúcar, batata e farinha de mandioca.

Nas contas do Dieese, ao se comparar o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, quem ganhava o piso comprometeu em dezembro do ano passado 53,59% da renda para comprar a cesta básica, ante 60,22% em dezembro de 2022.

Apesar do alívio no orçamento das famílias por conta do recuo nos preços da comida, combinado com a valorização do salário mínimo e política de transferência de renda, os técnicos do Dieese alertam que há desafios importantes a serem enfrentados para o custo dos alimentos neste ano.

Entre os fatores que poderão acarretar alta de preços, estão problemas climáticos, conflitos externos e o câmbio desvalorizado, que estimula a exportação.

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