Desenvolvimento econômico aliado ao meio ambiente, reforma tributária, inserção da IA no mercado de trabalho, panorama fiscal da conjuntura econômica do Brasil e no Rio Grande Sul, além da economia da mulher no mercado de trabalho são temáticas discutidas durante o XXVI Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2025). O evento, que começou na noite desta terça-feira no hotel Plaza São Rafael, tem o tema “Desenvolvimento Sustentável: Reconstrução, Desafios e Oportunidades", e segue até quinta-feira.
O congresso, que reúne cerca de 50 especialistas e quase 500 pessoas inscritas, pretende debater as temáticas de reforma tributária, mudanças climáticas, comércio internacional, agronegócio, desigualdades regionais, inovação, economia comportamental, educação financeira e o papel do Estado na neo-industrialização. O evento é uma promoção do Conselho Federal de Economia (Cofecon) em parceria com o Conselho Regional de Economia do RS (Corecon-RS).
"Os temas são extremamente variados, mas não posso deixar de citar resiliência de cidades, meio-ambiente. Como nós, economistas, temos a contribuir com cidades mais resilientes, como a gente mitiga esses problemas ambientais e quais são as soluções que a gente vai dar para as nossas cidades? Esse será um tema importante debatido aqui", afirma Rodrigo de Assis, presidente da Corecon-RS. Assis lembra que Porto Alegre recebe o encontro depois de 30 anos, e celebra a visibilidade da Capital a todos os estados e conselhos do país. "Depois de tudo que aconteceu aqui, nada melhor do que a gente mostrar a nossa força e a nossa resiliência", afirma.
Nesta quarta-feira, foram realizados painéis simultâneos em cinco salas, e terão cerca de 100 palestrantes até o final do dia. Entre os painéis, foi debatido o mercado financeiro por André Perfeito, economista-chefe da APCE e Edval Landulfo de Souza Neto, vice-presidente do Corecon-BA. Landulfo tratou, em sua fala, que o mercado financeiro também envolve classes que recebem até dois ou três salários mínimos, ou a aqueles que têm aquela ideia de que só os ricos podem investir. "Precisamos popularizar a ideia de quem ganha um ou dois salários mínimos podem e devem investir. Para isso, tem que ter educação financeira", diz.
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Landulfo ressaltou que a educação financeira não serve apenas para dizer como poupar e como investir, mas trazer conceitos de taxa Selic, IPCA, entender como a inflação vai corroer o poder de compra. "Assim, você não vai investir o que sobra, e criar aquela máxima de que o primeiro pagamento deve ser para realizar sonhos e objetivos", disse.