Dólar fecha abaixo de R$ 3,50 e bolsa cai 0,37%

Dólar fecha abaixo de R$ 3,50 e bolsa cai 0,37%

Moeda americana fechou a segunda-feira em R$ 3,49

AE

Moeda americana fechou em R$ 3,49

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O dólar encerrou o pregão desta segunda-feira, abaixo do patamar de R$ 3,50, dando sequência à queda que já dura quatro sessões. O movimento foi direcionado, durante à tarde, pelo discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), Janet Yellen, e pela ampliação do ganho do petróleo Brent acima dos US$ 50 por barril em Londres, acentuando a realização de lucros na moeda norte-americana.

A dirigente do Fed afirmou que o relatório de emprego de maio dos EUA, publicado na última sexta-feira, foi "desapontador" e que a trajetória da política monetária depende de como as incertezas "consideráveis" se resolvam. Na visão dos profissionais de câmbio, Yellen sinalizou que a alta de juros no próximo encontro do Fed, na semana que vem, já pode ser descartada. Em vez disso, o aperto deve ocorrer gradualmente, em breve.

O dólar no mercado à vista fechou em baixa, pela quarta sessão consecutiva, aos R$ 3,4913 (-0,96%) - menor valor desde 17 de maio, quando encerrou cotado a R$ 3,4895. No período, acumula perdas de 3,32%. Nesses níveis de preços, fica a expectativa do Banco Central para amanhã, disse um operador de câmbio, referindo-se à possibilidade de o BC anunciar ainda hoje a realização de um leilão de swap cambial reverso para esta terça-feira.

O giro total à vista registrado era baixo, de cerca de US$ 444,106 milhões. Na mínima, a moeda à tarde caiu até R$ 3,4853 (-1,13%) e, na máxima, pela manhã, subiu até R$ 3,5278
(+0,07%).

No mercado futuro, às 17h22, o dólar para julho recuava 1,00%, aos R$ 3,5190. Até esse horário, a mínima foi de R$ 3,5130 (-1,17%) e a máxima, pela manhã, atingiu R$ 3,5570 (+0,07%). O volume financeiro movimentado somava cerca de US$ 9,777 bilhões.

Nesse cenário, o noticiário político foi monitorado, mas não determinou os ajustes cambiais. À tarde, o Ministério da Fazenda emitiu nota negando que o reajuste dos servidores federais aprovado pela Câmara do Deputados teria gerado atrito entre a pasta e o Palácio do Planalto. Outro ponto de atenção foi a entrevista do presidente em exercício, Michel Temer, que afirmou ter autorizado a paralisação de nomeações para diretorias ou presidência de estatais ou fundos de pensão.

Já o presidente da comissão do impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), voltou atrás da decisão de reduzir o rito do processo em 20 dias.

Bovespa

A Bovespa terminou esta segunda-feira em baixa de 0,37%, aos 50.431,80 pontos, em um movimento atribuído a uma realização de lucros recentes. Nos últimos três pregões, a bolsa havia acumulado ganhos de 4,43%. Apesar da agenda relevante, que contou com a fala de Yellen, os negócios acabaram por ser guiados essencialmente pelas oscilações das commodities e pelo noticiário corporativo.

As análises das declarações de Yellen convergiram para a percepção de que uma elevação de juros nos EUA não deve ocorrer em junho, como a própria dirigente havia sinalizado em maio. Relatórios de bancos internacionais interpretaram a fala da presidente do Fed como um indicativo de que o BC americano deverá, sim, elevar os juros em 2016, mas não agora. Para a maioria, as chances de elevação estão mais concentradas na reunião de política monetária marcada para setembro.

Com volume de negócios reduzido, a Bovespa já havia iniciado o dia demonstrando fraqueza. Chegou a subir 0,60% pela manhã, mas passou a alternar altas e baixas até se firmar definitivamente em queda, no final da manhã. O desempenho negativo das ações do setor bancário foi determinante para o sinal negativo e foi comandado por ações do Bradesco. Os papéis reagiram negativamente à notícia de que um grupo de investidores ingressou com ação coletiva na Justiça dos Estados Unidos contra a instituição, devido ao seu envolvimento na Operação Zelotes. Bradesco ON e PN caíram 0,82% e 0,58%, respectivamente, e ajudaram a puxar para baixo os demais papéis do setor financeiro.

Por outro lado, as ações de mineração e siderurgia foram destaque de alta, acompanhando a alta de 2,2% do minério de ferro no mercado chinês. Usiminas PNA subiu 5,49% e liderou as altas do Ibovespa. Vale ON avançou 4,00% e Gerdau PN ganhou 3,93%.

Ao término da negociação regular, o Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 (155.235 contratos) fechou em 13,565%, estável ante o ajuste anterior. O DI janeiro de 2018 (145.195 contratos) encerrou em 12,51%, de 12,54% no último ajuste. O DI janeiro de 2019 (98.255 contratos) terminou na mínima de 12,29%, de 12,36%. Nos longos, o DI janeiro de 2021 (80.082 contratos) caiu de 12,40% para 12,31%.

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