Dólar recua a R$ 4,81, e Ibovespa fecha no maior patamar em sete meses

Dólar recua a R$ 4,81, e Ibovespa fecha no maior patamar em sete meses

Interrupção do ciclo de juros nos Estados Unidos e revisão da perspectiva econômica do Brasil refletem o resultado

R7

Dólar fechou com alta de R$ 0,09 (+1,77%) nesta terça-feira

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O dólar à vista voltou a cair ante o real nesta quarta-feira, pela quarta sessão consecutiva, com as cotações reagindo à expectativa de novos cortes de juros na China e a decisão de política monetária do Federal Reserve, que não alterou sua taxa básica. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,8108 na venda, com baixa de 1,06%.

Já o Ibovespa fechou em alta, acima dos 119 mil pontos pela primeira em quase oito meses, após o Federal Reserve confirmar expectativas no mercado e manter os juros dos Estados Unidos na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano, embora tenha deixado a porta aberta para aumento adicional até o final do ano.

A melhora na perspectiva da nota de classificação de risco do Brasil para "positiva" pela Standard & Poor's fez o Ibovespa acelerar a alta e renovar máxima da sessão na última meia-hora de pregão. Apesar de titubear, reagiu nos ajustes para confirmar uma máxima de fechamento desde outubro do ano passado.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,99%, a 119.068,77 pontos. Na máxima, chegou a 119.084,5 pontos. O volume financeiro somou R$ 71,9 bilhões, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

O banco central norte-americano sinalizou em novas projeções econômicas que os juros nos Estados Unidos provavelmente aumentarão mais 0,5 ponto percentual em 2023, diante de uma atividade econômica mais forte do que o esperado e uma desaceleração lenta da inflação.

"A decisão pode ser considerada hawkish na nossa avaliação, haja vista as alterações observadas nos dots (projeções para os juros), algo que considerávamos estratégico para afastar cenários de cortes precoces", avaliou o economista-chefe do Ativa Investimentos, Étore Sanchez, em comentário a clientes.

Na visão dele, o Fed "comprou tempo" para avaliar o andamento da economia, e o fez afastando cenários de cortes precoces, para no mínimo o início do ano que vem. Mesmo sendo uma decisão amplamente esperada, houve volatilidade em praticamente todos os mercados. O Ibovespa chegou a 117.484,70 pontos na mínima após a decisão do Fed, de 118.439,77 pontos pouco antes do anúncio, mas retomou parte do fôlego conforme o chair do BC norte-americano, Jerome Powell, afirmou que as projeções da autoridade monetária não são um plano ou decisão e que não há decisão sobre a reunião julho.

Para o gestor de ações da Ace Capital Tiago Cunha, a reação da bolsa brasileira está mais ligada à fala de Powell, que deixou a próxima decisão mais dependente dos dados econômicos, sinalizando que os "dotz" não deveriam ser considerados de maneira isolada.

"Adicionalmente, como a próxima reunião tem um intervalo de tempo relativamente curto, a percepção é de que os números da economia dos EUA ainda devem ser marginalmente positivos, o que não justificaria por ora uma retomada dos aumentos", acrescentou.


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