Dólar repete queda e fecha a menor patamar desde outubro

Dólar repete queda e fecha a menor patamar desde outubro

Foi o sexto pregão consecutivo de queda da moeda

Estadão Conteúdo
Foi o sexto pregão consecutivo de queda da moeda, que já acumula desvalorização de 4,13% em março

Foi o sexto pregão consecutivo de queda da moeda, que já acumula desvalorização de 4,13% em março

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Após trocas de sinal pela manhã, o dólar se firmou em baixa no início da tarde desta terça-feira, 18, refletindo o alívio com a ausência de surpresas negativas no projeto de isenção de Imposto de Renda (IR) e o recuo da moeda norte-americana no exterior, em especial na comparação com divisas fortes.

Com mínima a R$ 5,6565, ao longo da cerimônia de apresentação da reforma do IR em Brasília, o dólar encerrou o dia em baixa de 0,25%, cotado a R$ 5,6721 - menor valor de fechamento desde 24 de outubro (R$ 5,6629).

Foi o sexto pregão consecutivo de queda da moeda, que já acumula desvalorização de 4,13% em março.

Lá fora, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - operava em leve queda no fim da tarde, ao redor dos 103,200 pontos, após ter avançado pela manhã. As taxas dos Treasuries e as bolsas americanas recuaram.

Investidores adotam postura cautelosa à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, 19. É dado como certo que o banco central americano manterá a taxa básica na faixa entre 4,25% e 4,50%. As atenções se voltam às previsões dos dirigentes do Fed para juros e inflação, no chamado gráfico de pontos, e a alguma aceno no comunicado sobre os próximos passos da instituição.

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve entregar também na quarta a prometida alta de 1 ponto porcentual da taxa Selic, para 14,25% ao ano. Eventuais menções sobre o impacto da desaceleração da atividade e da apreciação do real sobre a inflação serão vistas com lupa, uma vez que podem sugerir abreviamento do processo de aperto monetário.

Ibovespa estende série de ganhos e retoma os 131 mil pontos

Mesmo na contramão de Nova York, onde as perdas chegaram a 1,07% (S&P 500) e a 1,71% (Nasdaq) no fechamento, o Ibovespa estendeu a série positiva pela quinta sessão, nesta terça-feira, 18, em alta de 0,49%, aos 131.474,73 pontos, no maior nível de encerramento desde 16 de outubro, então aos 131.749,72 pontos. Foi também a terceira vez consecutiva que o índice da B3 renovou a máxima de fechamento do ano.

Nesta terça, oscilou dos 130.721,97 aos 131.834,32 pontos, sem sinal único ao longo do dia para as blue chips, mas ao fim positivo para Vale (ON +0,74%) e também Petrobras (ON +0,08%, PN +0,08%), em terça-feira de baixa tanto para os preços do minério como do petróleo. E sem direção única para os grandes bancos, em variação entre -0,53% (Bradesco ON) e +0,53% (Itaú PN) no fechamento.

Na ponta ganhadora, além de SLC Agrícola (+8,11%), destaque absoluto para JBS, em alta de 17,89% no fechamento, puxando os preços das ações de outros frigoríficos, como Marfrig (+6,68%) e BRF (+7,15%).

Desde cedo, a demanda por JBS foi favorecida pelo acordo da empresa com a BNDESPar sobre a listagem da companhia em Nova York.

'A BNDESPar decidiu se abster de votar sobre a proposta de dupla listagem de ações da JBS nos Estados Unidos e no Brasil. O BNDES é detentor de 20% das ações da JBS e os investidores ficaram muito otimistas com a decisão de a empresa não ter votado contra', diz Matheus Lima, analista e sócio da Top Gain, acrescentando que as ações do frigorífico vinham em trajetória negativa desde dezembro.

No lado oposto do Ibovespa, CVC (-3,47%), B3 (-3,06%) e Vamos (-2,63%). O giro financeiro na sessão ficou em R$ 21,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 1,95% e, no mês, ganha 7,06%. No ano, a valorização do índice é de 9,30%.

Em Londres e Nova York, o avanço das negociações de paz na Ucrânia, entre a Rússia e os Estados Unidos, prevaleceu sobre as tensões no Oriente Médio com a retomada de ataques de Israel ao Hamas. Em Nova York, o contrato do WTI para maio fechou em queda de 0,92%, a US$ 66,75 o barril, enquanto o Brent para mesmo mês, em Londres, recuou 0,71%, a US$ 70,56 por barril.


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