Dólar segue em alta e fecha cotado a R$ 5,49

Dólar segue em alta e fecha cotado a R$ 5,49

Moeda norte-americana atinge maior patamar desde o fim de janeiro

AE

Dólar volta a ficar em alta

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Depois de chegar a R$ 5,51 durante o dia, o dólar fechou ontem cotado a R$ 5,49, uma alta de 0,65%. É a maior patamar desde o fim de janeiro. No mês, a moeda americana já acumula valorização de 4,99% em relação ao real. Segundo operadores, o movimento refletiu uma série de fatos, como o temor de uma recessão na Zona do Euro, na esteira da decisão do Banco Central Europeu de elevar as taxas de juros pela primeira vez desde 2011. Além do ambiente externo, a busca por dólar (para hedge ou especulação) tem sido alimentada pelas incertezas que cercam as eleições no Brasil, com a perspectiva de uma piora da situação fiscal em 2023.

"O Banco Central Europeu demorou muito a reagir à inflação. Tem muito da questão geopolítica no enfraquecimento do euro. Mas o fato é que os Estados Unidos têm elevado os juros mais rapidamente, o que fez o dólar se fortalecer bastante nos últimos tempos", afirmou Nicolas Giacometti, especialista em renda fixa da Blue 3. "Aqui, estamos às cegas em relação ao fluxo cambial, porque não há ainda dados atualizados. E com esse movimento todo de fortalecimento do dólar ante outras moedas, o real acaba sofrendo por tabela."

O comportamento do real destoou do de outras moedas. Com muita volatilidade, o euro, por exemplo, apresentou uma leve recuperação das baixas recentes, quando chegou próximo da paridade com o dólar. A presidente do BCE, Christine Lagarde, reconheceu que a economia da região desacelera, mas descartou a possibilidade de recessão neste ou no próximo ano, a despeito do conflito na Ucrânia e do aperto das condições financeiras.

A despeito desse cenário, a Bolsa de Valores registrou a quinta alta seguida, o que não era visto desde meados de maio. Principal referência da B3, o Ibovespa avançou 0,76%, para fechar aos 99 mil pontos. A queda de cotações de Petrobras (-1,1% das ON e -0,51% das PN) acabou sendo compensada por bancos e Vale ON, que subiu 1,75% puxado pela valorização do preço do minério de ferro.


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