De saída da Petrobras, Silva e Luna diz que estatal não pode fazer política partidária

De saída da Petrobras, Silva e Luna diz que estatal não pode fazer política partidária

Para general, que será substituído, empresa "não tem lugar para aventureiros" e que não compete a ela fazer políticas públicas 

R7

Silva e Luna disse que não há espaço para "aventureiros" na Petrobras

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De saída da liderança da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna aproveitou o espaço de uma palestra no Superior Tribunal Militar, nesta terça-feira, para defender a gestão e decisões adotadas pela estatal, alvo de críticas por parte do governo em razão dos sucessivos repasses dos aumentos dos combustíveis ao consumidor.

O general argumentou que não cabe à Petrobras segurar artificialmente os preços e que precisa seguir o movimento do mercado, mesmo que, como estatal, precise contribuir socialmente. "Tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer política pública? Não. Muito menos política partidária", declarou.

Além de argumentar que a empresa, por lei, não tem como responsabilidade a promoção de políticas públicas, o militar aproveitou para defender a gestão da estatal. 

"[A Petrobras] está bem cuidada, com governança muito forte, não tem lugar para aventureiro, não cabe", discursou. Quem deverá suceder o general é o especialista em energia Adriano Pires, sócio-fundador da consultoria Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE). Sem mencionar a troca, Silva e Luna afirmou que "uma andorinha só não faz verão" e que as decisões tomadas são coletivas e passam por várias instâncias e crivos. 

Bolsonaro decidiu pela demissão em razão do desgaste provocado pelas sucessivas altas nos preços dos derivados de petróleo. A interlcutores, mostrou insatisfação quanto à atuação de Silva e Luna em tentar segurar as altas. Apesar da decisão do mandatário, a troca ainda precisa ser confirmada por assembleia de acionistas, marcada para 13 de abril.

O general ainda disse que a empresa demorou para repassar o aumento em razão dos reflexos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, mas que o reajuste foi inevitável. "A gente teve um crescimento [no preço do barril de petróleo] permanente, não havia um patamar de estabilidade. Chegou a um ponto em que estava U$ 137 o valor do barril, enquanto a referência anterior era de U$ 82. Tivemos que conversar, estabelecer um aumento. Na época, era metade do valor, enquanto se estabiliza para ver em que patamar iria ficar."


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