Depois de revisão de risco país, Haddad diz que Banco Central precisa se somar a "esforço"

Depois de revisão de risco país, Haddad diz que Banco Central precisa se somar a "esforço"

Ministro da Fazenda agradeceu esforços do Judiciário e do Legislativo em colaborar com a agenda econômica do governo

R7

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que os Três Poderes do Brasil estão alinhados em torno das pautas fiscais e monetárias do país. Para ele, porém, o Banco Central não tem participado dessa comunhão. A declaração de Haddad, no fim da tarde desta quarta-feira (14), foi dada depois de a S&P Global Ratings, agência de classificação de risco, ter revisado a perspectiva de longo prazo na escala global para o Brasil, de estável para positiva. A classificação positiva para o país não ocorria desde 2019.

"Os Três Poderes (estão) se harmonizando, está faltando o Banco Central se somar a esse esforço, mas quero crer que estamos prestes a ver isso acontecer. Na hora em que estivermos todos alinhados, a coisa vai começar a prosperar", declarou o ministro.

"Acredito na harmonia entre as políticas fiscal e monetária. Tudo concorre para que a harmonização aconteça mais rapidamente do que o previsto. Seis meses atrás, ninguém esperava que fôssemos estar na situação em que estamos hoje. Temos a oportunidade de ouro de fazer a diferença", completou Haddad.

"É importante que uma agência externa consiga observar esses avanços do Brasil. Tem muito trabalho pela frente, isso é só o começo, mas eu penso que, se nós mantivermos o ritmo de trabalho das duas Casas (Câmara e Senado) e do Judiciário, eu quero crer que vamos conseguir atingir os nossos objetivos", disse o Ministro.

Avaliação da S&P Global Ratings

O documento da agência foi divulgado nesta quarta-feira (14). "Revisamos nossa perspectiva para o Brasil de estável para positiva e reafirmamos nossos ratings de crédito soberano 'BB-/B'", afirmou a agência nesta quarta-feira (14). A avaliação de transferência e conversibilidade permanece 'BB+'.

Para a S&P Global Ratings, os sinais de maior certeza sobre políticas fiscais e monetárias estáveis ​​podem beneficiar as atuais perspectivas de baixo crescimento do PIB do Brasil.

Apesar dos déficits fiscais ainda grandes, afirma a nota, o crescimento contínuo do PIB mais a estrutura emergente para a política fiscal podem resultar em um aumento menor do ônus da dívida do governo do que o inicialmente esperado.

"Nossa visão positiva baseia-se na perspectiva de que medidas contínuas para enfrentar a rigidez econômica e fiscal podem reforçar nossa visão da resiliência da estrutura institucional do Brasil e reduzir os riscos à sua flexibilidade monetária e posição externa líquida", conclui o texto.

Resultados do país

A economia brasileira avançou 1,9% no primeiro trimestre de 2023, na comparação com os últimos três meses do ano passado, de acordo com dados revelados nesta quinta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A alta trimestral é a maior desde a apurada entre outubro e dezembro de 2020 (+3,4%). Na análise somente do primeiro trimestre, trata-se do melhor desempenho da economia no período desde 2010 (+2,2%).


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