Dia otimista tem recuperação da bolsa e queda do dólar a R$ 3,84

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Aprovação de crédito extraordinário ao governo e alta da Vale impulsionaram mercado

Estadão Conteúdo

Moeda norte-americana teve freio internacional

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A aprovação do crédito extraordinário ao governo e o bom desempenho das ações da Vale e da Petrobras levaram o Índice Bovespa a uma alta de 1,53%, nesta terça-feira, 11, alcançando os 98.960,00 pontos - maior patamar desde 19 de março. Em dólares, o principal índice da B3 teve ganho bem maior, de 2,43%, uma vez que a moeda americana teve queda de 0,88% ante o real. Com máxima de R$ 3,8843 e mínima de R$ 3,8431, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,88%, a R$ 3,8496 - o menor valor de fechamento desde 10 de abril (R$ 3,8234). Segundo operadores, caso não haja um revés do governo no Congresso ou uma onda de aversão ao risco com tensões comerciais sino-americanas, o dólar tende a se manter girando entre R$ 3,85 e R$ 3,88, com viés de queda.

O noticiário positivo se sobrepôs ao episódio envolvendo o vazamento de conversas do ministro Sérgio Moro (Justiça), mas analistas ponderam que a questão deve seguir como fator de cautela nos próximos dias. Em princípio, havia o temor de que partidos da oposição e do Centrão pudessem colocar obstáculos à aprovação do crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões na Comissão Mista de Orçamento (CMO), mas a negociação do remanejamento de R$ 2,5 bilhões garantiu a votação. O encontro com governadores, outra agenda importante do dia, apontou para a convergência de opiniões sobre a participação dos Estados na reforma da Previdência e também foi influência positiva no pregão.

A alta foi praticamente generalizada entre as blue chips, mas foram as ações da Vale as que mais se destacaram, graças ao noticiário vindo da China. O gigante asiático anunciou medidas de incentivo à economia que fizeram disparar os preços do minério naquele país. No porto de Qingdao, a commodity subiu 5,02%. Alinhada à alta generalizada das mineradoras pelo mundo, Vale ON terminou o dia com ganho de 6,39% e foi a ação mais negociada da bolsa, movimentando R$ 974,6 milhões.

As ações da Petrobras, por sua vez, subiram 2,04% (ON) e 1,91% (PN), depois que a companhia divulgou Fato Relevante informando sobre acordo feito com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a execução de desinvestimentos na área de refino. Por conta da divulgação do Fato Relevante no decorrer do pregão, as ações da estatal tiveram a negociação suspensa das 16h09 às 16h14 e renovaram máximas na retomada das atividades. Petrobras PN respondeu pelo segundo maior volume da bolsa, com R$ 774,1 milhões negociados.

Para Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, é possível que o Ibovespa volte a flertar com o patamar dos 100 mil pontos nesta semana, uma vez que faltam apenas 1.040 pontos (1,05%) para essa marca psicológica. No entanto, ele chama a atenção para as influências do cenário externo, que segue repleto de incertezas que podem influenciar os papéis por aqui. "Apesar do fraco desempenho da economia, as ações do Ibovespa são de grandes empresas, globais, com escala diferente das que não possuem capital aberto. Podem voltar aos 100 mil pontos, mas é importante lembrar que em termos reais a Bolsa ainda está nos níveis de 2008", afirma o analista.

A trinca formada pelos novos estímulos econômicos na China, entendimento entre Estados Unidos e México e otimismo com a aprovação das reformas no Congresso levou o dólar a perder força e encerrar a sessão desta terça-feira, 11, no menor nível em dois meses. Afora um pequeno flerte com a estabilidade na primeira hora de negócios (+0,01%), a moeda americana trabalhou em terreno negativo durante todo o dia, acentuando as perdas ao longo da tarde com acordo partidário para aprovação de crédito suplementar na Comissão Mista de Orçamento (CMO) e o anúncio de acordo entre Petrobras e Cade para venda de refinarias da petroleira.
 


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