Economia

Estoque de imóveis cai 23% em cinco anos em Porto Alegre

Há 17.266 unidades disponíveis na cidade, sendo 10.958 usadas e 6.308 novas

Estoque de imóveis cai 23% em cinco anos em Porto Alegre
Estoque de imóveis cai 23% em cinco anos em Porto Alegre Foto : Alina Souza

O estoque de imóveis novos e usados de Porto Alegre caiu 23% em cinco anos, conforme o Secovi RS. Os usados mantêm o domínio do mercado. O levantamento mais recente, de agosto deste ano, mostrou que há 17.266 unidades para venda na Capital, sendo 10.958 usadas e 6.308 novas.

Lucineli Martins, economista-chefe da entidade, observa que o mercado de usados, aqueles que já tiveram pelo menos um morador, é um elemento estratégico para a saúde econômica do setor imobiliário.

Segundo ela, a circulação de dinheiro gerada pela venda e compra funciona como um motor de empregos. Além disso, o imóvel usado atua como um facilitador de liquidez e alavancagem de negócios maiores, na opinião da economista. Observa-se que em grande parte das transações, o imóvel usado é empregado como capital, seja na forma de entrada para a aquisição de uma propriedade antiga de maior valor ou para a compra de um novo.

Em termos de acessibilidade, a análise dos preços médios por tipo de imóvel confirma que as unidades menores apresentam o menor custo de aquisição. Os apartamentos do tipo JK e os de um dormitório registram os preços médios mais baixos, fixados em R$ 148.180,42 e R$ 204.982,04, respectivamente.

Martins, no entanto, avalia que a melhor compra é aquela que satisfaz a necessidade do morador, considerando fatores como localização, metragem quadrada e equipamentos.

A necessidade do morador médio, especialmente as famílias, é suprida majoritariamente pelo estoque de usados. Em conjunto, os apartamentos de dois e três dormitórios e as casas de três dormitórios somam 42,51% da participação do estoque residencial.

A observação de que os empreendimentos novos se concentram nas extremidades do mercado - unidades muito pequenas ou muito grandes - direciona a procura das famílias médias para o estoque existente.

Enquanto isso, o volume de lançamentos registrou um crescimento de 19% em 2025, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS). A entidade defende a escolha por novos empreendimentos, ressaltando tendências de arquitetura, garantias e sustentabilidade.

*sob supervisão de Karina Reif

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