Governo prorroga redução do IPI para veículos até o fim do ano

Governo prorroga redução do IPI para veículos até o fim do ano

Presidente Dilma anunciou decisão no Salão do Automóvel, em São Paulo

Correio do Povo

Presidente Dilma Rousseff visitou o Salão do Automóvel, em São Paulo

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A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos, que acabaria no dia 31 de outubro, será prorrogada até o final do ano, conforme anúncio da presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira, no Salão do Automóvel, em São Paulo. Esta é a segunda vez que o governo prorroga o benefício. Em 29 de agosto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação da redução do imposto, estabelecida em maio.

Assim que fez o anúncio, Dilma foi muito aplaudida pela plateia, composta por empresários do segmento. Ela  afirmou que a distribuição de renda no Brasil, nos últimos anos, fez a diferença e criou um mercado de consumidores que tem uma demanda reprimida. "Somos um País com praticamente 200 milhões de habitantes, que tem uma riqueza fantástica e um mercado vigoroso."

Dilma afirmou que o Brasil deve ser um país de classe média e comparou esta classe ao de países desenvolvidos. "A classe média está sendo destruída nos mercados desenvolvidos", disse. Ainda segundo ela, o Salão do Automóvel de São Paulo reflete o sucesso da indústria automotiva no Brasil e cria perspectivas extraordinárias ao setor, diante da ascensão dos milhões de brasileiro ao crédito.

Mantega diz que prorrogação do benefício é para manter ritmo de vendas

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo resolveu prorrogar a desoneração do IPI para automóveis para que a indústria continue vendendo bem e fazendo mais investimentos. De acordo com ele, a última vez em que o governo decidiu estender o benefício ao setor houve uma "boa reação" da comercialização de veículos nos meses de setembro e outubro. A intenção é que o ritmo de vendas prossiga até o final do ano.

Mantega salientou que o Brasil é um dos poucos países do mundo que conseguem manter produção nas fábricas de automóveis, e que países como a França têm encontrado dificuldade neste sentido. "Queremos que a produção cresça aqui, indiferente à crise que afeta outras economias", afirmou ao chegar ao Ministério da Fazenda. Ele explicou que a decisão vai ao encontro da intenção de manter os preços dos veículos nos atuais patamares. "Se suspendêssemos a isenção, as empresas certamente aumentariam os preços", previu.

Indagado sobre se esta era uma intenção deliberada do governo de manter a inflação sob controle, Mantega admitiu que a redução do IPI ajuda no controle da inflação. "Vamos contribuir para a redução da inflação sempre que possível", afirmou. O ministro disse ainda que não está preocupado com a possível redução da arrecadação, porque, apesar de o governo não receber os recursos provenientes do IPI, há um aumento da arrecadação do PIS e da Cofins, além do ICMS dos Estados. "Há uma compensação", resumiu.

Com informações da Agência Estado

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