Haddad destaca complexidade do Desenrola e evita estimar prazo de inauguração

Haddad destaca complexidade do Desenrola e evita estimar prazo de inauguração

Fazenda estima que programa refinanciará R$ 50 bilhões em dívidas de 37 milhões de pessoas

AE

Haddad participou do Programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a dizer nesta quinta-feira, 9, que já foi liberada a contratação do sistema operacional do Desenrola. Ele destacou a complexidade do sistema e evitou estimar prazos para inauguração do programa.

"É um sistema complexo, porque é uma dívida privada, não é uma dívida que envolve o poder público, é uma financeira, um banco, é uma concessionária de serviço público e uma pessoa que está com nome negativado no Serasa", disse aos jornalistas ao chegar na sede do Ministério. "Não tem precedente o Desenrola, nunca foi feito nada semelhante. Então vamos precisar desenvolver um sistema operacional", continuou.

Haddad disse que assim que o sistema estiver pronto, o programa será lançado. "Depende dos programadores entregarem o sistema operacional", concluiu. O ministro estima que o programa deve abarcar dívidas de R$ 50 bilhões de 37 milhões de brasileiros com o CPF negativado.

Reunião ministerial com Lula

O ministro da Fazenda afirmou ainda que o encontro realizado no período da manhã com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, equipe ministerial e líderes do Congresso foi uma reunião de trabalho e alinhamento. "Não teve uma pauta específica, relação com Congresso, relação entre ministérios", disse Haddad aos jornalistas, após deixar a reunião. O alinhamento no Congresso após a formação das comissões no Senado, além da tramitação de medidas provisórias, como a MP do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), estavam no radar do encontro.

A construção de uma base no Congresso também é alvo de preocupação por parte do governo federal. Nesta semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu um recado ao dizer que, até o momento, o Executivo ainda não tem força para aprovar matérias simples, quanto mais textos que exigem alteração constitucional. 

Arcabouço fiscal

Haddad voltou a dizer que o novo arcabouço fiscal, substituto do teto de gastos, foi concluído na Fazenda. Agora, o Ministério está "socializando" com a área econômica para fechar um entendimento e levar ao presidente. Ele ainda teria, no início da tarde desta quinta-feira, reunião com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, pra avançar no tema.

Banco Central 

Em relação às indicações dos novos diretores do Banco Central, Haddad voltou a dizer que já foram encaminhados alguns nomes ao presidente. "Ele (Lula) certamente vai entrevistar e tomar uma decisão que é prerrogativa dele", afirmou.

Dois mandatos de diretores expiraram em 28 de fevereiro: o de Bruno Serra (Política Monetária) e Paulo Souza (Fiscalização). Souza tem disposição de renovar o mandato, mas Serra já indicou que vai deixar o órgão.

 


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