Inflação fica em 0,12% em julho, aponta IBGE

Inflação fica em 0,12% em julho, aponta IBGE

No ano, o índice acumula alta de 2,99%

AE

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A inflação oficial do mês de julho foi de 0,12%, ficando 0,20 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de -0,08% registrada em junho, de acordo com dados divulgados hoje pelo IBGE. No ano, o IPCA acumula alta de 2,99% e, nos últimos 12 meses, de 3,99%, acima dos 3,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2022, a variação havia sido de -0,68%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta no mês de julho. O grupo Transportes apresentou o maior impacto (0,31 p.p) e a maior variação (1,50%). No lado das quedas, destacam-se os grupos Habitação (-1,01% e -0,16 p.p.) e Alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 p.p.).

Os resultados dos demais grupos foram: -0,24% de Vestuário; 0,00% de Comunicação; 0,04% de Artigos de residência; 0,13% de Educação; 0,26% de Saúde e cuidados pessoais e o 0,38% de Despesas pessoais.

A gasolina, subitem de maior peso individual no índice (4,79%), foi o produto que mais impactou no resultado de julho, com uma variação de 4,75% e contribuição de 0,23 p.p. Em junho, ela havia apresentado queda de 1,14%. “No mês passado, houve reduções aplicadas nas refinarias. “A alta de julho capta a reoneração de impostos, com a volta da cobrança da alíquota cheia de PIS/COFINS”, explica Almeida.

Em relação aos demais combustíveis (4,15%), foram registradas altas no gás veicular (3,84%) e no etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel caiu 1,37%. As altas da passagem aérea (4,97%) e do automóvel novo (1,65%) também contribuíram para o resultado do grupo.

Pelo lado das quedas, no grupo Habitação (-1,01%), a energia elétrica residencial (-3,89%) apresentou o impacto negativo mais intenso do mês (-0,16 p.p.). “O resultado foi por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado integralmente nas faturas emitidas no mês de julho”, explica Almeida.

Queda em grupo Alimentação e bebidas 

Já a queda no grupo Alimentação e bebidas (-0,46%) foi influenciada, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia apresentado resultado negativo em junho (-1,07%). Entre os produtos, destacam-se feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%). “De maneira geral, podemos dizer que essas quedas estão relacionadas a uma maior oferta dos produtos”, destacou Almeida.

Já a alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%) em virtude das altas menos intensas do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%). Em junho, as variações desses subitens haviam sido de 0,68% e 0,35%, respectivamente.

No acumulado de janeiro a julho de 2023 (2,99%), o subitem de maior impacto foi a gasolina, com variação de 11,64% e contribuição de 0,54 p.p. Entre os alimentos, o maior impacto no ano veio da alimentação fora do domicílio, com variação de 3,63% e contribuição de 0,21 p.p. Destaca-se também a alta do leite longa vida, com variação de 7,13% e impacto de 0,06 p.p. Por outro lado, as carnes (-7,9% e -0,23 p.p.), a cebola (-42,42% e -0,11 p.p.) e o óleo de soja (-28,12% e -0,09 p.p.) tiveram as principais quedas em 2023.

Em relação ao acumulado nos últimos 12 meses, que acelerou de 3,16% em junho para 3,99% em julho, Almeida relembra as três deflações consecutivas observadas em julho, agosto e setembro de 2022: “saiu a queda de -0,68% de julho de 2022 e entrou a alta de 0,12% de julho de 2023”, explica.

Regionalmente, treze das dezesseis áreas pesquisadas apresentaram alta em julho. A maior variação foi em Porto Alegre (0,53%), em função da alta do preço da gasolina (6,98%). Já a menor variação foi em Belo Horizonte (-0,16%), influenciada pelas quedas de 17,50% em ônibus urbano e de 4,30% na energia elétrica residencial.


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