MPF entra com liminar questionando ajustes da CEEE desde 2002
Promotoria acredita que consumidores foram prejudicados em até R$ 250 milhões
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Em julho, o MPF já havia questionado por meio de ação civil pública similar os índices de reajuste aprovados pela Aneel para a Rio Grande Energia (RGE). O último aumento da CEEE ocorreu em 19 de outubro, num total de 4%.
Para a Promotoria Geral da República, a metodologia de reajuste adotada pela Aneel afronta a política tarifária estabelecida em lei e os direitos dos consumidores, levando a ganhos indevidos à concessionária em prejuízo dos gaúchos. O MPF pretende que a metodologia seja “total e o mais brevemente possível adequada aos parâmetros legais e que os valores indevidamente apropriados ao longo dos anos sejam ressarcidos ou, de alguma forma, compensados neste ou em reajustes futuros”.
Na ação civil pública, a procuradoria questiona “a postura da agência reguladora no cumprimento de suas competências legais para dirimir, no âmbito administrativo, as divergências entre as concessionárias e seus consumidores e o próprio modelo de agências no país”. Ele sugere a necessidade de “urgentes aprimoramentos para assegurar o necessário equilíbrio na relação entre os concessionários do serviço publico e os usuários-consumidores, que apesar de terem a incumbência de 'pagar a conta' acabam vendo reforçada sua vulnerabilidade técnica e econômica pela postura da agência”.
Com área de concessão que compreende a região metropolitana de Porto Alegre, litoral e campanha gaúcha, a CEEE atende a 72 municípios e aproximadamente 32% do mercado consumidor do Rio Grande do Sul.