Petrobras reajusta gasolina em 3% e diesel em 5%
Aumento começa a valer a partir da 0h de sexta-feira
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De acordo com um comunicado, os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.
Aumento dois dias após aval do governo
Na última terça-feira, a presidente da Petrobras, Graça Foster, recebeu o aval do governo federal para aumentar o preço da gasolina durante na reunião do Conselho de Administração. Após reunião, a presidente da estatal declarou que "aumento de combustíveis não se anuncia, pratica-se".
O reajuste foi anunciado após uma semana de pressão sobre a Petrobras, acuada entre denúncias de corrupção, divergências internas em seu Conselho de Administração e atrasos na apresentação de resultados trimestrais. Tudo isso em um cenário de queda livre no preço do petróleo no mercado internacional, movimento que influencia as margens de lucro e os planos de
investimento da companhia.
As turbulências foram determinantes para a definição do reajuste dos combustíveis. Ao longo de 2014, o caixa da Petrobras esteve pressionado por uma defasagem de cerca de 20% entre os preços de importação dos mercados internacionais e a revenda no mercado interno, com preços represados para conter a alta da inflação.
Nos últimos três anos, as perdas de receita por conta da defasagem já chegam a R$ 80 bilhões, segundo o analista de petróleo, Auro Rosembaun, do Bradesco.
Impacto para o consumidor
A expectativa é que o impacto para o consumidor seja entre 2%e 4% nos preços praticados pelos postos de gasolina de todo o País. No mercado financeiro, o aumento foi visto como um novo gesto político, calculado sob medida para evitar um impacto maior na inflação ao mesmo tempo em que acena aos investidores para atitudes benéficas à saúde financeira da estatal, que deve encerrar o ano com forte constrangimento financeiro.
As projeções de economistas indicam um impacto entre 0,11 e 0,17 ponto porcentual sobre a inflação, descartando as expectativas de manter a taxa dentro da meta estabelecida pelo Banco Central, de 6,5%. A expectativa é que a taxa termine o ano em 6,6%, segundo a média das projeções feitas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
No acumulado em 12 meses, até setembro, a inflação medida pelo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já está em 6,75%. O resultado de outubro será divulgado nesta sexta-feira. Nas bombas, o presidente do Sincopetro do Estado de São Paulo (sindicato dos postos), José Alberto Gouveia, afirma que o reajuste deve ficar um pouco abaixo dos 3% aplicado nas refinarias.
O reajuste foi anunciado após uma semana de pressão sobre a Petrobras, acuada entre denúncias de corrupção, divergências internas em seu Conselho de Administração e atrasos na apresentação de resultados trimestrais. Tudo isso em um cenário de queda livre no preço do petróleo no mercado internacional, movimento que influencia as margens de lucro e os planos de investimento da companhia.
As turbulências foram determinantes para a definição do reajuste dos combustíveis. Ao longo de 2014, o caixa da Petrobras esteve pressionado por uma defasagem de cerca de 20% entre os preços de importação dos mercados internacionais e a revenda no mercado interno, com preços represados para conter a alta da inflação.
Nos últimos três anos, as perdas de receita por conta da defasagem já chegam a R$ 80 bilhões, segundo o analista de petróleo, Auro Rosembaun, do Bradesco.