STJ derruba liminar que autorizava construção de termelétrica em Rio Grande

STJ derruba liminar que autorizava construção de termelétrica em Rio Grande

Decisão do ministro Humberto Martins restabeleceu medida tomada anteriormente pela Aneel

Correio do Povo

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) cassou a liminar que autorizava a construção de uma usina termelétrica em Rio Grande. A decisão, proferida pelo presidente da Corte, ministro Humberto Martins, restabeleceu uma medida da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que havia revogado a outorga da UTE Rio Grande S/A para a implementação da estrutura.  

Ao avaliar a decisão, Martins entendeu que a Aneel agiu dentro de seu poder fiscalizatório e cumpriu as exigências para revogar a outorga da usina. A UTE foi contratada por leilão em 2014, mas não iniciou suas operações até o momento. "Não pode a sociedade ser ao final tão prejudicada com aguardo eterno de que um dia a usina cumpra com as condições necessárias para o fornecimento da energia elétrica, uma vez que a prestação de tal serviço público não pode esperar pela eventual e incerta adequação futura da usina às exigências legais e administrativas", afirmou o ministro. 

Conforme a Aneel, a exclusão da usina teria sido motivada pelo entendimento de que a empresa envolvida não teria condições de estruturar economicamente o projeto. A partir daí, a agência decidiu rescindir os contratos de comercialização de energia no Ambiente de Contratação Regulada. 

Em primeira instância – decisão posteriormente ratificada pelo TRF4 –, o juiz federal entendeu que o atraso no início da operação da UTE teria sido causado pela demora na obtenção de licenças ambientais, em decorrência de solicitações apresentadas pelo Ministério Público. Assim, para o juízo e para o TRF4, a empresa não teria culpa pelo atraso na execução do projeto, o que inviabilizaria a revogação das autorizações pela Aneel.

Em fevereiro deste ano, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) emitiu ao Grupo Cobra duas licenças – prévia e de instalação – para a usina termelétrica a gás natural a ser construída em Rio Grande. O projeto está orçado em R$ 6 bilhões.
Por meio do seu CEO, Jaime LLopis, o Grupo Cobra informa que seguirá com o pedido na Aneel para transferência do projeto do grupo Bolognesi, que teve a outorga revogada. “O Grupo Cobra não faz parte do processo judicial. Uma conclusão satisfatória no processo de transferência traria não só uma realidade satisfatória para o Sul do país, quando produziria o efeito de extinguir um processo judicial que não só demoraria anos, mas não traria retorno para sociedade.”


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