Alunos pedem à PUCRS para evitar truculência durante ocupação

Alunos pedem à PUCRS para evitar truculência durante ocupação

Estudantes ocuparam prédio da Famecos, em Porto Alegre

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Alunos pedem à reitoria da PUCRS para evitar truculência durante ocupação

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Após a ocupação do prédio 7 da PUCRS, em Porto Alegre, ocorreu na manhã desta quinta-feira uma reunião entre estudantes e reitoria. O motivo é que duas alunas foram feridas durante a abordagem de seguranças durante o ato na Faculdade de Comunicação Social (Famecos). A pedido dos alunos, a direção da universidade prometeu conversar com a chefia da segurança para evitar truculências.

O ato contra a PEC do teto, que congela os gastos do governo federal por 20 anos, ocupou ao menos uma sala do segundo andar da faculdade. O movimento ocorre em solidariedade a manifestações semelhantes realizadas em escolas, institutos e universidades federais em todo o País. 


De acordo com a advogada Ana Luiza Teixeira, que representa juridicamente o grupo, na manhã de hoje, mais de 30 pessoas participam da ocupação. "Foi elaborada uma relação de alunos que integram a ocupação e que ficam dentro do prédio em uma sala no segundo andar. É bom deixar claro que o movimento não tem lideranças e por isso estamos promovendo o revezamento de estudantes aqui", explicou em entrevista ao Correio do Povo.

Tentativa de ocupação e tumulto

Os primeiros momentos da ocupação foram de tensão. As equipes de segurança da universidade foram orientadas a exigir carteirinha dos estudantes assim que houve a tentativa de tomar o prédio. Outra medida era evacuar o restante do grupo depois que duas salas foram ocupadas pelos manifestantes. Houve um princípio de tumulto e, conforme os ativistas, três pessoas foram feridas pelos seguranças, incluindo duas mulheres. Apesar do bloqueio da porta principal, os estudantes montaram barricadas com sofás em frente ao cordão de isolamento.

"Uma das meninas foi atingida na cabeça por um dos seguranças e teve sangramento. Outra foi atingida no braço. Eu não sei se elas estão bem, mas pelo menos uma delas irá registrar ocorrência e fará exame de corpo e delito", acrescentou a advogada. Ana Luiza relatou que a PUCRS não se pronunciou sobre a abordagem dos seguranças e a reitoria deve promover uma reunião com os estudantes ainda hoje.

Parte dos estudantes não é ligada à PUCRS, mas é oriunda de universidades federais, como a Ufrgs, que já registra 16 unidades ocupadas desde outubro.




 

A PUCRS divulgou nota sobre a ocupação no final da manhã desta quinta-feira. No texto, a universidade reitera "que as aulas estão mantidas na Famecos e que o ingresso dos estudantes no prédio é feito mediante apresentação da carteira estudantil e de documento de identificação com foto."

De acordo com a PUCRS, a ocupação é pacífica e, segundo diálogo dos alunos com representantes da universidade, ocorre em apoio a movimentos nacionais e não por pautas específicas relativas à universidade.

"Com relação ao caso de agressão relatado por estudante, a universidade informa que não houve ato de agressão deliberada, sendo que ferimentos podem ter ocorrido em meio ao tumulto ocasionado no início da tentativa de ocupação. A "universidade lamenta o ocorrido e acompanha os fatos", conclui a nota.



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