Apesar da liberação, escolas ainda não receberam alunos do 2° e 3° ano do ensino médio

Apesar da liberação, escolas ainda não receberam alunos do 2° e 3° ano do ensino médio

Em Porto Alegre, cinco instituições ainda se preparam para o retorno às aulas presenciais

Taís Teixeira

Escolas ainda se prepararam para receber os alunos de outras séries

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Os alunos do segundo e terceiro ano do ensino médio da rede pública estadual puderam voltar às aulas presenciais, nesta quarta-feira, conforme o calendário oficial de retorno das atividades escolares estabelecido pela Secretaria Estadual da Educação. O Rio Grande do Sul tem 186 mil estudantes matriculados nessas séries, que devem voltar de forma escalonada, como está previsto no cronograma. São 1.090 escolas que oferecem ensino médio no Estado, mas nem todas abriram as portas para esse grupo de jovens a partir da data autorizada.

A reportagem esteve em cinco escolas localizadas nas zonas Norte e Leste de Porto Alegre, onde as portas permaneceram fechadas para os estudantes. A vice-diretora da Escola Estadual Gomes Carneiro, Ana Paula Peraldo Martins, disse que tem 520 alunos do ensino médio divididos em 17 turmas do turno da manhã e mais três à noite e ainda está organizando a logística e o horário dos professores para atender os estudantes. “Além disso, a mantenedora solicitou a lista dos professores com comorbidades ou com idade avançada, a qual estamos preparando”, acrescenta. Até o momento, apenas os estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental retornaram ao modelo presencial. 

A diretora da  Escola Estadual de Ensino Médio Professor Alcides Cunha, Eziane Souza Laurentino, enviou o plano de contingência e aguarda aprovação da Secretaria Estadual de Educação. “Nosso plano prioriza o retorno presencial de alunos sem acesso à internet e em situação de vulnerabilidade social, já que necessitam da escola para se alimentar melhor”, elucida.

Os demais alunos acompanharão às aulas de forma remota, como tem acontecido, instaurando o modelo de ensino híbrido assim que se consolidarem as aulas presenciais. A escola tem 1.180 alunos. Hoje, quatro colaboradoras fazem a higienização, número insuficiente para implementar os protocolos sanitários para conter o avanço do coronavírus. “Solicitamos mais uma auxiliar de serviços, dois monitores, uma merendeira e uma secretária”, explica. A gestora salienta que a falta de pessoas é a principal dificuldade para o retorno presencial.  
 
O Colégio Estadual Rubem Berta tinha um cartaz no portão avisando que o local estava fechado para higienização. As Escolas Estadual Itália e Florinda Tubino Sampaio estavam com portões fechados e não havia sinais de presença de alunos.
 
Na região central da cidade, o Colégio Protásio Alves também não iniciou as aulas presenciais. A diretora do Colégio Estadual Rio Branco, Maria de Lurdes Zanon, explica que a escola não abriu por falta de mão de obra humana. “A escola tem mais de 1.305 alunos e somente dois monitores para ajudar o grupo, sendo que um foi direcionado para cuidar de uma criança especial”, relata. A diretora disse que talvez o Rio Branco abra na segunda-feira para as séries iniciais, mas ainda aguarda liberação, uma vez que não dispõe de um número suficiente de colaboradores para atender os estudantes. 




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