Capes consegue reaver R$ 50 milhões de verba bloqueada

Capes consegue reaver R$ 50 milhões de verba bloqueada

Valor cobrirá quase 100 mil bolsas. Andifes segue negociando com governo federal

Correio do Povo

Valor conseguido pela Coordenação será utilizado para pagamento de bolsas dos Programas de Formação de Professores da Educação Básica referentes a dezembro

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A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) conseguiu nesta quinta-feira o desbloqueio de R$ 50 milhões do seu orçamento bloquado na última semana. O recurso, liberado pelo Ministério da Educação (MEC), será utilizado para pagamento de bolsas dos Programas de Formação de Professores da Educação Básica referentes a dezembro.

O valor cobrirá as quase 100 mil bolsas vinculadas aos Programas Pibid, Residência Pedagógica, Parfor, Proeb e UAB. “Esses R$ 50 milhões, dos R$ 200 milhões solicitados, serão usados em bolsas de menor valor”, disse a presidente da Capes, Cláudia Queda de Toledo.

“Continuamos empenhados para conseguir os outros R$ 150 milhões para honrar com todas as bolsas da pós-graduação – mestrado, doutorado e pós-doutorado”, destacou. O Decreto 11.269, de 30/11, zerou a autorização para desembolsos financeiros em dezembro, impondo restrições aos ministérios e entidades federais. Na manhã desta quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, deu prazo de 72 horas para o governo explicar o bloqueio de verbas na Capes.

Apesar do desbloqueio, a situação ainda afeta a rede particular, pois há bolsistas que seguem sem receber valores do mês. Na PUCRS, em Porto Alegre, foi aprovada a decisão de condicionar o pagamento de novembro à normalização do repasse de bolsas, da mesma forma que na Univates, em Lajeado. Na Unisinos, com sede em São Leopoldo, e na Feevale, em Novo Hamburgo, os prazos de quitação foram estendidos. Em Santa Cruz do Sul, os bolsistas da Unisc só realizarão o repasse se houver pagamento da Capes. Caso não ocorra, a liquidação poderá ser posterior.

O avanço na restituição de verbas soluciona parcialmente um problema que afeta toda a Educação. Em busca de alternativas às demais instituições, representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) reuniram-se nesta quarta-feira com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. A mobilização ocorre em função da perda estimada pela entidade em R$ 431 milhões das contas.

Nogueira disse haver “luz no fim do túnel”, com a possibilidade de obtenção de recursos após decisão do Tribunal de Contas da União (TCU),  autorizando a abertura de crédito extraordinário ao governo federal para cobrir pagamentos. 

Segundo o presidente da entidade, o ministro destacou que não há definição de quanto de crédito extraordinário será aberto e quais quitações serão realizadas, mas que está sensível à situação das universidades. De acordo com Fonseca foi mencionada a possibilidade de recursos para as instituições, ainda este ano, dentro do orçamento da PEC da Transição.




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