Cpers protesta contra parcelamento dos salários
Professores contaram com apoio de carro de som e foram acompanhados por agentes da EPTC
publicidade
Ao longo do percurso, que começou na sede do Cpers, na avenida Alberto Bins, os professores contaram com apoio de carro de som, e foram acompanhados por agentes da EPTC. A primeira parada foi na frente da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), na avenida Mauá. No local, ficaram parados 21 minutos, em referência aos 21 parcelamentos de salários.
A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, apontou que uma das obrigações do governo é o pagamento em dia dos salários, porém, que a atual administração não está respeitando a constituição. Na Sefaz, eles fizeram ainda críticas ao projeto de renegociação da dívida com a União. “Quem deve ao Estado é o governo federal. Enquanto isso, o governador quer prolongar a nossa dívida ao invés de cobrar o que nos devem”, disse ela.
Críticas também foram feitas aos benefícios fiscais concedidos a empresas e o pouco combate à sonegação por parte do Executivo. Os professores estão há duas semanas em greve em função dos parcelamentos de salários. Depois da mobilização, os professores seguiram em caminhada até o Palácio Piratini, onde ficaram concentrados.
O ato teve como alvo ainda o projeto de lei do Executivo que prevê o fim da cedência de servidores para sindicatos e as PECs que atacam os direitos dos servidores públicos. “Não vamos aceitar sermos usados como desculpa para o governo pressionar os deputados para aprovarem o acordo com a União”, enfatizou Helenir. Ela acredita que a adesão ao movimento de greve será intensificada nos próximos dias, em função de novas assembleias e reuniões nas escolas. “Vamos mostrar a força dos servidores”, ressaltou.
Tanto na Sefaz como no Piratini, equipes do Batalhão de Operações Especiais (BOE) estiveram presentes. Em função do protesto, o trânsito ficou complicado na região central, refletindo inclusive no acesso à cidade. Os problemas foram sentidos ainda nas regiões próximas ao centro.