Docentes mantêm estado de greve e não paralisam

Em assembleia híbrida realizada nesta semana (em 10/4), professores das universidades federais do RS (Ufrgs) e de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); e dos institutos federais do RS (IFRS) e Sul-rio-grandense (IFSul) decidiram pela não deflagração de greve.

A categoria, organizada pelo Sindicato Intermunicipal de Professores das Instituições Federais de Ensino Superior do RS (Adufrgs-Sindical), se mantém “em estado permanente de mobilização”, e avisa que nova assembleia pode ser convocada a qualquer momento, dependendo das negociações com o governo federal. As reivindicações da Adufrgs são as mesmas das outras entidades ligadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que, em pauta nacional unificada, são: reajuste salarial de 22,71% e equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.

Em nota, a Adurgs avalia não ser momento adequado para aderir à paralisação. “A diretoria reconhece a greve como um instrumento legítimo de luta da categoria, mas defende que esta estratégia não pode ser banalizada, sob pena dos educadores serem desacreditados ou ficarem isolados numa luta que também é em defesa de uma sociedade mais justa. É momento de lutar, de forma presencial, ativa e permanente”, diz documento da entidade.

Mobilização no país

A paralisação nacional contempla servidores e docentes da Educação federal. Servidores da educação básica, profissional e tecnológica de 360 instituições de ensino federais estão em greve desde 3/4; e no ensino superior, também pararam no dia 11/4 – inclusive os de Ufrgs, UFCSPA e IFRS, representados pela Assufrgs-Sindical. Em relação aos docentes de ensino superior, representados nacionalmente pelo Andes, das 67 seções sindicais, duas estão em greve; e 16 entram na próxima semana. Há pelo menos outras três universidades que entrarão em greve ao longo do mês; e 11 estão em estado de mobilização.