Equipe do IFRS cria brinquedos em MDF para crianças abrigadas
Cerca de 200 brinquedos e jogos foram produzidos, em laboratório, para doação
publicidade
Durante seis dias, integrantes do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), no campus Osório, produziram 218 brinquedos em MDF, um material leve, feito de fibra de madeira. São aviõezinhos, jogos de dominó, quebra-cabeças e miniaturas de animais que, embrulhados em pacote de presente junto com lápis de cera e desenhos para colorir, serão doados a abrigos temporários no Litoral Norte do Estado, em Alvorada e no Campus Canoas do IFRS, que atualmente serve de alojamento para cerca de 500 pessoas.
A equipe que produziu os brinquedos faz parte do WindMaker, um laboratório de prototipagem inaugurado em 2020 no IFRS Osório. O ambiente foi criado a partir de edital do Ministério da Educação (MEC) que destinou recursos para a construção de laboratórios do gênero em Institutos Federais de todo o país.
O espaço, equipado com impressoras 3D e kits de eletrônica, é baseado na filosofia do “faça você mesmo”. Por meio de uma abordagem interdisciplinar, que envolve as disciplinas de Artes, Física e Robótica, o WindMaker trabalha autonomia, criatividade e colaboração entre os alunos, além de prestar assessoria e formação a professores que desejem inovar suas práticas educacionais. Além do WindMaker, em Osório, o IFRS conta com outros 11 espaços semelhantes, distribuídos em seus 17 campi.
Os brinquedos elaborados no laboratório foram feitos em uma cortadora a laser, usando chapas de MDF, a partir de modelos criados pela equipe do projeto. A iniciativa foi batizada de "Toda criança merece brincar”. Lisiane Zanella, diretora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação do IFRS Osório, conta que a ideia surgiu em razão de demandas por doação de brinquedos para crianças alojadas em abrigos provisórios. “Tendo em vista que, nas exposições e visitas ao laboratório, as crianças ficavam sempre encantadas com os kits educacionais produzidos no WindMaker, surgiu a ideia de apoiar a sociedade e ajudar a amenizar esse momento traumático, com a produção de brinquedos e jogos”, assinala. Ela garante que a ação irá continuar, e adianta que a equipe do laboratório está testando soluções de impressão 3D, para criar boias de resgate e filtros de água portáteis para doação.
Gabriela Sardi, sob supervisão de Maria José Vasconcelos