Escolas anunciam retomada letiva

Redes pública e privada de ensino no Rio Grande do Sul têm buscado informar com agilidade suas comunidades escolares e acadêmicas. Atenta às diferentes situações das escolas públicas estaduais neste contexto de enchentes no RS, a Secretaria da Educação tem mantido direto contato com as direções escolares, por meio de suas Coordenarias Regionais, visando esclarecer e orientar sobre o trabalho letivo. Diariamente, dois boletins do governo estadual atualizam dados em diversas áreas. Na divulgação do final da manhã de ontem, o estado registrava que as CREs de Porto Alegre (1ª CRE) , Rio Grande (18ª) e Canoas (27ª) ainda estavam sem possibilidade de retornar às aulas. Mas indicava a volta nas demais no estado. Já na Capital, 22 escolas municipais voltam às aulas nesta segunda-feira, enquanto em outras 16, a retomada acontecerá na terça-feira (21/5).

Entre as particulares gaúchas, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinepe/RS) revela que continua monitorando a situação educacional em relação às enchentes que assolam o RS. O mais recente estudo, divulgado no final de sexta-feira (17/5), apontava que 29,1% das instituições que responderam ao questionário ainda estão sem aulas; e 9,7% estão com atendimento parcial. Do total de escolas que ainda estão sem aulas (52), metade dessas estima retornar até segunda-feira (20/5). No entanto, 26% ainda não tem previsão.

O Sinepe/RS fez o levantamento junto às 315 filiadas, sendo que 135 responderam ao questionário. Destas, 64 (47%) são da Região Metropolitana; 19 (15%), do Vale do Sinos, Caí e Paranhana; 14 (10%), da Região Central; 14 (10%), da Região Sul; 10 instituições (8%), da Serra; 8 (6%) são do Vale do Rio Pardo; e 6 (4%), do Vale do Taquari. Quanto aos fatores que impedem a instituição de retornar, 30% delas justificaram que não têm equipe para abrir a escola; 25% estão servindo de abrigo; 23% ainda têm falta de energia elétrica ou água; e 22% está com espaço físico danificado.

Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) determinou o reinício das aulas em todas as unidades que não foram atingidas diretamente pelas cheias e que contam com abastecimento de água e energia elétrica. O secretário de Educação, José Paulo da Rosa, explica que em relação aos servidores das escolas, a Coordenação de Recursos Humanos orienta que aqueles que tenham sido diretamente afetados pela enchente não precisarão retornar de imediato. “É um momento de retomada. Assim como alinhamos a abertura das escolas que estão em condições, contamos com a atuação dos servidores que estão aptos a atuar neste momento de acolhimento”, assinala.

Dados na rede estadual

• São 1.058 escolas afetadas (danificadas, servindo de abrigo ou com problemas de transporte, com problema de acesso e outros)
• As dificuldades atingem 248 municípios, envolvendo 29 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs)
• A falta de aulas e trabalhos escolares impacta 378.887 estudantes
• Até agora, estão danificadas 570 escolas, que totalizam 219. 623 estudantes matriculados
• Servem de abrigo 86 escolas
• A volta às aulas nas 2.340 escolas estaduais mostra que já retornaram 1.680 (71,7%); e que não voltaram 660 (28,3%), havendo 491 delas ainda sem data prevista.
• Dentre o total de 741.831 estudantes das escoas estaduais, já retomaram as aulas de 479.973 (64%); e faltam voltar 261.858 (36%), havendo 194.807 deles ainda sem data prevista.