Escolas da rede estadual em Porto Alegre ficam fechadas apesar de autorização para aulas presenciais

Escolas da rede estadual em Porto Alegre ficam fechadas apesar de autorização para aulas presenciais

Em alguns locais, apenas professores e funcionários do setor administrativo compareceram nas instituições

Cláudio Isaías

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As escolas da rede estadual que deveriam receber os alunos dos 3º, 4º e 5 º anos do Ensino Fundamental, em Porto Alegre, amanheceram fechadas nesta quarta-feira. As instituições de ensino não receberam os estudantes e nos locais havia apenas professores e funcionários do setor administrativo. Mesma situação ocorreu com nas Escolas para Jovens e Adultos (EJA), nos Núcleos Estaduais de Educação para Jovens e Adultos (Neejas) e nos prédios destinados ao ensino profissional e especial.  

A determinação da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) era para que as atividades escolares fossem retomadas no dia para os alunos dos 3º, 4º e 5 º anos do Ensino Fundamental. No entanto, na escola estadual de Ensino Fundamental Monsenhor Roberto Landell de Moura, no bairro Tristeza, na zona Sul da Capital, a instituição de ensino não recebeu os alunos. Na entrada da escola, foi colocado um cartaz com a seguinte mensagem: "Informamos que estamos organizando a escola de acordo com os protocolos sanitários para o retorno das aulas presenciais, mas ainda não temos data definida para o retorno das aulas presenciais". O cenário não foi diferente na Santa Rita de Cássia, no bairro Santa Teresa, onde apenas funcionou a parte administrativa da instituição de ensino com presença de professores e funcionários. 

Preocupação com vacinas 

A presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, afirmou que sem vacinas, sem testagem, sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de qualidade e uma substancial redução nos níveis de transmissão comunitária no Rio Grande do Sul, é impossível retomar as atividades presenciais com segurança. “Mesmo com decisão judicial unânime, em bandeira preta e diversos especialistas orientando o contrário, o governador simplesmente trocou a cor bandeira e reabriu as instituições de ensino", ressaltou.

O sindicato pretende elaborar e produzir campanhas de mídia e de mobilização para alertar sobre o risco iminente de contaminação e a falta de condições sanitárias das escolas. 

Pedido indeferido 

A juíza Cristina Marchezan, da 1ª vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, indeferiu o pedido de diversas entidades, entre elas a Associação Mães e Pais pela Democracia e o Cpers, e manteve a realização das aulas presenciais em todo o Rio Grande do Sul. A magistrada considerou que não houve mudanças significativas nos critérios do mapa do Distanciamento Controlado do governo do Estado. “Indefiro o pedido dos autores, uma vez que não houve flexibilização dos protocolos, com bandeira final preta, mas a alteração dos critérios definidos pela administração para a classificação de risco da bandeira vermelha em todo o Rio Grande do Sul”, escreveu a juíza em sua decisão.

Conforme a Seduc, a volta para a sala de aula terá continuidade no dia 7 de maio com os anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano). Já no dia 10 de maio, será a vez dos estudantes do 1º ano do Ensino Médio retornarem para a escola. Nos dias 12 e 13 de maio, será a vez dos alunos do  2º e 3º anos do Ensino Médio e do Ensino técnico e Curso Normal, respectivamente. 




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