Especialistas apontam tendências para o Ensino Superior

Especialistas apontam tendências para o Ensino Superior

Semesp e Consórcio Sthem Brasil reuniram 20 nomes nacionais e internacionais que anteciparam os desafios para 2023, como ensino híbrido e inteligência artificial

Claudia Chiquitelli

Projeções indicam que instituições devem dar atenção ao sofrimento psíquico dos alunos e buscar inclusão com projetos e práticas cotidianas

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As projeções do Enisno Superior para este ano apontam intensificação do estudo híbrido, avaliações para o desenvolvimento de competências dos estudantes, redução de custos e inteligência artificial. Estes e outros assuntos foram apresentados por 20 especialistas, nacionais e internacionais, na pesquisa Tendências no Ensino Superior para 2023. O relatório é iniciativa do Semesp, entidade que representa mantenedoras de Ensino Superior no país, e do Consórcio Sthem Brasil, formado por mais de 60 instituições privadas e públicas.

A pró-reitora de graduação da Universidade Federal do RS (Ufrgs), Cíntia Inês Boll, aposta na criação de rede nacional de acompanhamento do estudante, em parceria com os estados para, desde o Ensino Médio, agregar as melhores práticas de gestão pedagógica. A professora também ressalta o fortalecimento da aprendizagem móvel, além da escola, buscando valorizar os conhecimentos compartilhados nos mais diversos ambientes digitais vividos pelo graduando. 

O estímulo ao ensino híbrido foi lembrado pela reitora Beatriz Balena, da Universidade Veiga de Almeida (RJ). A dirigente diz que abordou a ideia antes mesmo da Portaria, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, publicada neste mês (em 2/1), estendendo a modalidade aos programas de pós-graduação stricto sensu.

Na mesma linha de pensamento, o diretor de Inovação Digital, da Universidade do Arizona (EUA), Dale Johnson, prevê aumento na educação que une aprendizagem virtual e presencial. De acordo com o especialista, na instituição onde atua, a expectativa é de que, em 2023, a maioria dos alunos se matricule em graduações on-line.

O professor norte-americano ainda ressalta uma nova era na inteligência artificial, com o lançamento do ChatGPT (sistema que responde a qualquer tipo de pergunta). “A tecnologia agora tem interfaces mais amigáveis, processos de desenvolvimento mais rápidos e algoritmos altamente eficazes para potencializar novas ferramentas para educação”, diz.

O diretor do Semesp, José Roberto Covac, acredita que outra tendência para o setor é em relação ao Programa Universidade para Todos (Prouni), que concede bolsas de estudo integrais e parciais, e que, para ele, vai incluir mais alunos no Ensino Superior. Já a consultora Ana Valéria Reis sustenta modelos acadêmicos mais flexíveis. 

Inovações

- Instituições corporativas: mão de obra qualificada e impacto positivo na sociedade

- Sustentabilidade financeira: com tecnologia educacional, inovação do modelo acadêmico e aumento da eficiência operacional

- Mais cursos EAD: opção aos alunos de baixa renda

- Educação básica: recuperação e valorização

- Bem-estar e inclusão: atenção ao sofrimento psíquico dos alunos e integração com projetos e práticas cotidianas

- Aprendizagem personalizada: ensino que considere diferentes perfis




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