Governo avalia que votação apertada possa diminuir adesão à greve do Cpers

Governo avalia que votação apertada possa diminuir adesão à greve do Cpers

Plebiscito da categoria manteve paralisação por menos de 40 votos de diferença

Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Plebiscito da categoria manteve paralisação por menos de 40 votos de diferença

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A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) acredita que o movimento grevista dos professores perdeu força após o Cpers Sindicato ter mantido paralisação da categoria por menos de 40 votos de diferença, durante assembleia realizada nessa sexta-feira no Ginásio do Gigantinho. Por 730 votos a 691 – diferença de 39 – os servidores decidiram permanecer de braços cruzados. A greve do magistério já chega a 42 dias. O Cpers contabiliza 70% de adesão ao movimento. O governo estima em 10% total de escolas afetadas.

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Conforme secretário da Educação do Estado, Luís Alcoba de Freitas, o resultado da votação mostrou um racha entre os professores em greve. Em função do cenário, ele prevê retorno maior de servidores em salas de aula nesta segunda-feira. “Com certeza nós acreditamos que há compreensão da grande maioria dos professores de que a greve, neste momento, não é um instrumento capaz de trazer uma melhoria salarial”, frisa.

Após resultado da assembleia, a pasta da Educação, que previa o fim da paralisação, lamentou o resultado do encontro e atribuiu a decisão a “disputas internas dentro do sindicato”. A Seduc informou, ainda, que o ponto dos grevistas vai ser cortado.

Os educadores exigem um calendário para o pagamento do piso nacional do magistério; reajuste retroativo de 13% referentes a 2015 e 11% referentes a 2016, por exemplo.

Saiba mais

A presidente do Cpers, Helenir Schürer, adverte que o governo não aceitou sequer discutir a elaboração de um calendário para reposição de perdas salariais. Assim, essa é apontada como a principal causa da manutenção da greve. “A expectativa da direção é de mobilizar a categoria que ainda tem fôlego para manter a paralisação. Como foi decisão da maioria, vamos continuar com a greve e a luta pela obtenção das reivindicações”, ressalta.

Em documento entregue ao Cpers na última quarta-feira, o Executivo apenas se comprometeu com a manutenção dos contracheques dos grevistas, mediante recuperação dos dias letivos ao final da paralisação. O sindicato levou mais uma contraproposta à Casa Civil, na quinta, reforçando o descontentamento com as propostas escassas apresentadas até agora, mas ainda não obteve retorno.




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