Governo avalia que votação apertada possa diminuir adesão à greve do Cpers
Plebiscito da categoria manteve paralisação por menos de 40 votos de diferença
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• Piratini cortará ponto de professores grevistas
Conforme secretário da Educação do Estado, Luís Alcoba de Freitas, o resultado da votação mostrou um racha entre os professores em greve. Em função do cenário, ele prevê retorno maior de servidores em salas de aula nesta segunda-feira. “Com certeza nós acreditamos que há compreensão da grande maioria dos professores de que a greve, neste momento, não é um instrumento capaz de trazer uma melhoria salarial”, frisa.
Após resultado da assembleia, a pasta da Educação, que previa o fim da paralisação, lamentou o resultado do encontro e atribuiu a decisão a “disputas internas dentro do sindicato”. A Seduc informou, ainda, que o ponto dos grevistas vai ser cortado.
Os educadores exigem um calendário para o pagamento do piso nacional do magistério; reajuste retroativo de 13% referentes a 2015 e 11% referentes a 2016, por exemplo.
Saiba mais
A presidente do Cpers, Helenir Schürer, adverte que o governo não aceitou sequer discutir a elaboração de um calendário para reposição de perdas salariais. Assim, essa é apontada como a principal causa da manutenção da greve. “A expectativa da direção é de mobilizar a categoria que ainda tem fôlego para manter a paralisação. Como foi decisão da maioria, vamos continuar com a greve e a luta pela obtenção das reivindicações”, ressalta.
Em documento entregue ao Cpers na última quarta-feira, o Executivo apenas se comprometeu com a manutenção dos contracheques dos grevistas, mediante recuperação dos dias letivos ao final da paralisação. O sindicato levou mais uma contraproposta à Casa Civil, na quinta, reforçando o descontentamento com as propostas escassas apresentadas até agora, mas ainda não obteve retorno.