Lula promete nova proposta para reformar Ensino Médio

Lula promete nova proposta para reformar Ensino Médio

Presidente indicou que debate será feito para mudar atual formato, definido em 2017

Correio do Povo

Lula avaliou que é preciso fazer mudanças

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O governo federal deve elaborar nova proposta para a reforma do Ensino Médio. A afirmação foi feita nesta terça-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao informar que o ministro da Educação, Camilo Santana, promoverá discussão com alunos e professores para construir a nova proposição. “Ele vai fazer um debate sobre o Ensino Médio com os educadores e estudantes. Não vai ser do jeito que está”, assegurou o presidente. Lula ainda explicou que o ministro dialogará com sindicatos para propor a nova discussão. “Camilo fará aquilo que for melhor para os estudantes”.

A reforma, aprovada em 2017 no governo do ex-presidente Michel Temer, prevê carga horária do currículo distribuída entre disciplinas formativas, de assuntos variados e escolhidas conforme o interesse do aluno; e aprendizagens essenciais, previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Mas o Novo Ensino Médio (NEM) tem gerado discordâncias e mobilizações por sua revogação, como o abaixo-assinado “Revoga Novo Ensino Médio”, lançado pelo deputado federal Glauber Braga, com mais de 160 mil assinaturas. E, no RS, entidades estudantis e sindicais também se movimentam para revogar o NEM.

A diretora do 39º Núcleo do Cpers, Neiva Lazzarotto, revela que na quarta, às 14h, será lançado o Comitê do Novo Ensino Médio. A intenção é definir uma agenda de atividades para fortalecer o movimento. Também está prevista articulação da categoria para organizar uma Conferência Nacional de Educação, ainda neste ano; e a entrega de uma cartilha, manifestando contrariedade ao NEM e com argumentos variados para sua revogação (foto).

O material feito pelo 39/Cpers assinala que a reforma aumenta as desigualdades entre escolas públicas e privadas. “O NEM promete uma profissionalização rápida, que não é um curso técnico. São pacotes caríssimos, com aulas virtuais, que substituem os professores”, diz um trecho da cartilha. A iniciativa para a criação do Comitê é da regional do 39º do sindicato dos educadores estaduais, do Grupo de Estudos em Políticas Públicas para o Ensino Médio, do Observatório do Ensino Médio do RS e do Cpers.

Já um dos maiores vestibulares do Brasil, o da Unicamp, informou que a prova para ingresso em cursos superiores não cobrará dos vestibulandos conteúdos relacionados aos itinerários formativos variados, que estão sendo desenvolvidos pelas escolas. Assim, o exame abrangerá, exclusivamente, conhecimentos e conteúdos da formação básica geral e comum a todos os estudantes do Ensino Médio. “Os percursos formativos não farão parte dos conteúdos cobrados no vestibular, pois variam muito de escola para escola”, revelou José Alves, diretor da Comissão Permanente para Vestibulares da Unicamp (Comvest).
 




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