Maioria das crianças do 2º ano tem dificuldades de leitura
Levantamento divulgado pela Secretaria de Educação também revela desigualdades raciais
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Na rede pública do Estado, 48% das crianças brancas do 2º ano do Ensino Fundamental são leitoras iniciantes. Entre os estudantes indígenas da mesma etapa, o índice cai para 27%. É o que revela a Avaliação Diagnóstica de Fluência Leitora 2024, divulgada pela Secretaria de Educação do RS na última sexta-feira (14/6). O estudo faz parte do Alfabetiza Tchê, programa de apoio à alfabetização do governo estadual.
A avaliação classificou, em três perfis de leitura, mais de 95 mil alunos do 2º ano de escolas da rede pública. O nível “pré-leitor”, subdivido em 4 categorias, equivale a um estudante que tem dificuldades com palavras isoladas, não conseguindo ler completamente; já o leitor iniciante é capaz de ler pequenas sequências, com pausas entre as sílabas; e o leitor fluente lê textos de forma natural. Os resultados apontam que 47% dos alunos estão no nível pré-leitor; 45% estão no nível intermediário, de leitor iniciante; e 8% são considerados leitores fluentes. Em comparação com o ano passado, a porcentagem de leitores iniciantes aumentou em 10 pontos percentuais, subindo de 37% para 47%.
MEC aponta piora
Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) apontou recuo de 5 pontos percentuais no índice de alfabetização do RS, que variou de 68%, em 2019, para 63%, em 2023. O levantamento é feito com alunos da rede pública de ensino e considera o nível de alfabetização definido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) para o 2° ano do Fundamental.
Atingiram o nível intermediário no 2º ano
- 48% das crianças brancas
- 40% das crianças pretas
- 35% das crianças pardas
- 27% das crianças indígenas