Ministério da Educação empossa membros de colegiados do Compromisso Criança Alfabetizada

Ministério da Educação empossa membros de colegiados do Compromisso Criança Alfabetizada

Ministro reforça papel dos gestores locais na educação infantil

Agência Brasil

Em 2021, mais de 56% dos estudantes brasileiros do 2º ano do Ensino Fundamental não estavam alfabetizados

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O Ministério da Educação (MEC) empossou, nesta terça-feira (25), em Brasília, os membros do Comitê Estratégico Nacional do Compromisso (Cenac) e da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa). Os colegiados compõem o eixo Gestão e Governança, do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada. A nova política de alfabetização foi instituída em junho deste ano e terá investimento federal de R$ 3 bilhões, em quatro anos. 

Camilo Santana, ministro da Educação, enfatizou que o governo federal dará apoio técnico e financeiro a estados e municípios para implementação da política de alfabetização e, assim, para garantir o direito universal à educação, previsto na Constituição Federal. Contudo, o ministro defendeu o protagonismo dos estados e municípios na gestão da política de alfabetização.

“A governança precisa existir do ponto de vista nacional, que vai ter desde a presença do presidente da República, do ministro; à governança estadual, portanto, é importante a liderança do governador, do secretário estadual [de educação]; até as governanças regionais e municipais. Vocês são fundamentais como articuladores dessa política, na ponta. Vocês vão estar no dia a dia, na execução dessa política”, convocou Santana. "Todas as evidências de estudos já mostraram que, quando uma criança é alfabetizada na idade certa, muda-se a realidade dos anos sequenciais da educação básica dela: diminui a evasão e o abandono [escolar], reduz a reprovação”, apontou do ministro.  

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Helena Schweickardt, também pediu aos representantes das secretarias de educação estaduais e municipais que liderem os processos locais para promover a alfabetização na idade certa, junto com o governo federal, em todo o país. “O sucesso dessa política depende muito da liderança e do processo que vocês vão conduzir, sobretudo, para fortalecer o regime de colaboração que vamos instituir”. 

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, entende que o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada é a essência do cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE). “É obrigação do Estado ter creches em quantidade suficiente. É compromisso do Estado a garantia das condições de ensino-aprendizagem para que as crianças de fato estejam indo a escolas e não a centros de acolhimentos de crianças”. O presidente da Undime ainda defendeu a ampliação da educação em tempo integral. “Quem sabe vamos realizar esse processo pelo menos na educação infantil e nos anos iniciais. Se não universalizar, que pelo menos chegue a 60%, 70% ou 80% da oferta [de vagas] em período integral”. 

Cenac 

O Comitê Estratégico Nacional do Compromisso (Cenac) representa a principal instância para fundamentar a nova política de alfabetização de crianças na idade certa, construída pelo governo federal, estados e municípios. Este comitê é presidido pelo ministro da Educação e composto por representantes do MEC; do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); da Undime; e do Conselho Nacional de Secretários de Educação de Capitais (Consec).

O objetivo é apoiar os 26 estados, o Distrito Federal e os municípios a instituírem os Comitês Estratégicos Estaduais do Compromisso (Ceec). Como atribuições, o Cenac deverá aprovar os planos de ação de estados e municípios para efetiva implementação do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada; avaliar os relatórios de monitoramento enviados sobre a execução da política; fazer recomendações para aperfeiçoar o cumprimento deste compromisso; e sistematizar dados para subsidiar as tomadas de decisões pelo MEC.  

A secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Helena Schweickardt, falou sobre a missão do comitê. “Não é possível fazer política pública sem a gente pactuar e buscar metas. Essas metas não vão ser impostas. Elas serão pactuadas em cada território, que vai estabelecer seus dados-base. E vamos construir onde nós queremos chegar, ano a ano”. 

Além de garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas ao fim do 2º ano do ensino fundamental, conforme previsto na meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), o Cenac deverá, ainda, garantir a equidade educacional em todo o território nacional e, por fim, assegurar a recomposição das aprendizagens, de todas as crianças matriculadas no 3º, 4 º e 5 º anos do ensino fundamental. “Neste sentido, a gente está dando um passo a mais nas experiências que já vêm sendo desenvolvidas em vários estados brasileiros”, relata a secretária Kátia Schweickardt.

Renalfa 

Os membros da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa) do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, empossados nesta terça-feira, deverão ajudar os municípios e estados na elaboração e implementação de políticas de alfabetização. A rede deve liderar a implantação de programas de formação, gestão e acompanhamento dos processos pedagógicos, com ações, por exemplo, de formação e desenvolvimento de professores, equipes gestoras das escolas públicas e técnicos, das redes municipais e estaduais de ensino.




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