“Não temos condição de oferecer aumento”, diz secretário da Educação

“Não temos condição de oferecer aumento”, diz secretário da Educação

Professores estaduais paralisam por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Cpers decidiu iniciar greve na próxima segunda-feira

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Depois que os professores da rede estadual decretaram greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, a Secretaria Estadual da Educação pretende se reunir com o Cpers Sindicato na terça a fim de abrir a negociação com a categoria. A Pasta garante que vai avaliar todos os itens da pauta dos grevistas, mas assegura que é impossível conceder qualquer reajuste salarial de acordo com o secretário em exercício, Luiz Alcoba.

“Todos sabem da situação financeira do Estado. No momento, a difculdade é muito grande para atender a pauta principal dos professores que é relativa à questão salarial. Não temos qualquer condição de oferecer aumento. Mas estamos abertos para negociar outras pautas dos grevistas, por isso, temos que sentar e conversar. Mostrar a situação precária do Estado que está exaurido financeiramente”, afirmou.

Entre as reivindicações da categoria estão o fim do parcelamento de salários, reajuste de 13% nos vencimentos, cumprimento da lei do piso, que hoje estaria 69,44% defasado, de acordo com o sindicato. Além disso, os professores reivindicam IPE com pleno atendimento e sem aumento de descontos, o fim do fechamento de turmas e escolas e a disponibilidade de merenda para todos os alunos.

Escolas ocupadas

A situação das escolas estaduais tem como agravante a ocupação de alguns colégios por alunos que reclamam contra o sucateamento e problemas na estrutura das instituições. Quatro escolas foram tomadas pelos estudantes: Colégio Júlio de Castilhos, Colégio Emílio Massot, Escola Estadual Agrônomo Pedro Pereira e Escola Estadual de Ensino Médio Padre Reus.

Em nota, o Estado não recriminou as ocupações, mas solicitou garantia de acesso a estudantes e professores. Até o momento, não há indicativo de pedidos de reintegração de posse. Em relação à greve, a Secretaria ainda cobrou o cumprimento dos 200 dias letivos.



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