Novo reitor defende educação inclusiva e busca pelo diálogo permanente na Ufrgs

Novo reitor defende educação inclusiva e busca pelo diálogo permanente na Ufrgs

Carlos André Bulhões descartou mudanças drásticas na universidade

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) nos próximos quatro anos, o professor Carlos André Bulhões Mendes concedeu entrevista nesta sexta-feira ao programa Bom Dia, da Rádio Guaíba. Ao falar sobre seus objetivos à frente da Ufrgs, o engenheiro civil revelou duas bandeiras de sua gestão: educação inclusiva e diálogo. 

"Nós vamos insistir no aumento da nossa capacidade de lidar com recursos próprios e para isso está sendo estruturado uma pró-reitoria de inovação e relacionamento institucional para dar mais força e vigor ao tema. Esses recursos serão sempre utilizados no financiamento da educação pública, gratuita, de qualidade, inclusiva e democrática, com todo os atributos que nós perseguimos. A segunda bandeira é a ideia do diálogo permanente, que precisa ser aumentado internamente dentro das 29 unidades acadêmicas, e com a sociedade, que seja respeitoso, escutando as partes, plural, com todo o espectro, de A a Z", explicou Bulhões. 

O novo reitor, que tomará posse na próxima segunda-feira, destacou que não há a intenção de promover mudanças drásticas dentro da Ufrgs para buscar melhores índices nacionais e internacionais. "Não existe nada de disruptivo, não existe nada de mudanças, de sair todo mundo para a entrada de outras pessoas. Todos nós somos servidores públicos. Todos trabalharão na segunda-feira, a transição somente começará na segunda-feira e será de forma lenta e gradual. Sabemos bem dos nossos atributos e sabemos bem dos colegas que contribuíram para os indicadores da universidade", declarou. 

Protestos e reação 

Mesmo sem ter assumido o cargo na Ufrgs, Carlos Bulhões foi alvo de um protesto de estudantes que se manifestaram contra a nomeação do professor para a reitoria. No entender do grupo, a indicação presidencial é "uma intervenção política" na instituição e um retrocesso, já que o professor "não conta com o apoio da comunidade acadêmica". Na consulta feita ainda em julho, a chapa liderada por Bulhões e composta também por Patrícia Helena Lucas Pranke ficou em terceiro e último lugar. "Eu não espero unanimidade. Respeito manifestações contrárias e defendo, com unhas e dentes, a liberdade de consciência e expressão, que não é a liberdade de ofender, como fizeram comigo no meu WhatsApp. Daí o diálogo já não é comigo", completou. 




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