Passagem do Fundamental para o Médio é pico de reprovação e abandono escolar, indicam dados

Passagem do Fundamental para o Médio é pico de reprovação e abandono escolar, indicam dados

Tanto na rede pública quanto na privada, taxa de insucesso escolar praticamente dobra do 9º para o 1º ano do Médio; taxas são utilizadas para formulação de índice de qualidade do Ensino brasileiro

Correio do Povo

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Os resultados do Ideb 2023 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgados nesta semana (em 14/8) pelo Ministério da Educação (MEC), sinalizam questões educacionais importantes no país que precisam ser trabalhadas no setor. Um dado relevante diz respeito à repetência escolar.

Com avaliações realizadas a cada dois anos e que variam de 0 a 10 pontos, o Ideb é indicador relevante sobre a qualidade da Educação Básica nacional, também permitindo verificar aspectos em cada estado e município da federação. Os dados resultam do cruzamento da porcentagem de alunos não repetentes; com as médias de desempenho dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática. A taxa de repetência, chamada de “fluxo escolar”, é retirada do Censo Escolar, também realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC).

Nesta apuração, um dado chama atenção: o de reprovação e abandono no Ensino Fundamental (EF) e no Ensino Médio (EM). Assim, em 2023, na rede pública de Ensino, a taxa registra aumento brusco em três momentos: passagem do 2° para o 3° ano/EF; do 5° para o 6° ano/EF; e do 9° ano para o 1° ano/EM, quando ocorre o pico da reprovação ou abandono — que salta de 5,6 para 12, um aumento de 130%. Na rede privada, as taxas se mantêm mais estáveis entre cada ano da Educação Básica. Os maiores aumentos são registrados do 5° para o 6° ano/EF; e na entrada para o Ensino Médio, quando o índice praticamente dobra, se elevando de 2,9 para 6.

Para reverter o quadro de reprovação e evasão escolar, especialmente no Ensino Médio, o MEC tem investido em programas de assistência estudantil, a exemplo do “Pé-de-Meia”, que concede valores, em débito e poupança, a alunos de baixa renda dos ensinos Médio e de Jovens e Adultos (EJA) da rede pública.




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