Pode jogar nas férias? Videogames, “vilões” ou “ferramentas” no desenvolvimento infantil?

Para crianças e adolescentes, as férias escolares são sinônimo de diversão com um tempo livre para descansar e curtir seus hobbies preferidos sem a obrigatoriedade da rotina colegial. Entre as brincadeiras preferidas está ele, o controverso videogame. No recesso de julho, os aparelhos tecnológicos ganham ainda mais apreço dos pequenos, quando muitos adultos não conseguem conciliar as férias do trabalho com as da criançada. Nas escolas municipais e estaduais do Rio Grande do Sul, o período é de duas semanas.

Uma realidade da infância do século 21, os jogos eletrônicos geram preocupação em pais e responsáveis com possíveis prejuízos para o desenvolvimento dos pequenos. A psicopedagoga e game designer de jogos de RPG, Camila Costa, explica que os videogames não podem ser tratados como "vilões" e são capazes de, inclusive, auxiliar no aprendizado de maneira "involuntária".

"Eles não são os grandes vilões do desenvolvimento das crianças. Isso deve ficar claro. Eles ajudam no desenvolvimento cognitivo, do raciocínio lógico, na coordenação motora e também na tolerâncias às frustrações", avaliou Camila.

Paw Patrol: Mighty Pups Save Adventure Bay é um dos indicados pela PlayStation | Foto: Reprodução / CP

“Todos jogos são lúdicos”

Do ponto de vista de uma game designer, ela comenta que existem games produzidos visando a aprendizagem, que podem ser visto como "chatos" para um período em que os pequenos querem distância das aulas, e outros com objetivos variados. São esse que auxiliam involuntariamente no crescimento.

"Eu digo para se procurar jogos que não sejam rotulados como educativos, mas que ajudem a evoluir. Um exemplo são os jogos de puzzle". A psicopedagoga pontua que mesmo que os jogos não sejam "taxados como lúdicos" eles são capazes de promover ensinamentos de coisas "não tão óbvias" para crianças e adolescentes. "Todos jogos são de alguma maneira lúdicos. Temos esse costume de achar que só os lúdicos ensinam. Não, qualquer jogo pode ajudar nas crianças", ampliou.

Excesso pode ser prejudicial

Camila acrescenta que é preciso não permitir que as crianças joguem por um tempo indeterminado. "Tudo em exagero faz mal. Em excesso, eles podem causar insônia, irritabilidade e dificuldades sociais", alertou. Crianças com menos de dois anos de idade não devem ter contato com os videogames. "Para essa idade, não é indicado o uso de telas", enfatiza.

De acordo com a especialista, ainda não há um consenso sobre a faixa etária para ingressar no mundo dos games. Por isso, cabe aos pais e responsáveis cuidarem as classificações indicativas. "Todos jogos, assim como filmes e programas de televisão tem classificação indicativa. Isso precisa ser respeitado. Além disso, cada criança é uma criança, por isso os adultos devem avaliar o que tem no jogo que está sendo jogado e como ele funciona".

PlayStation divulga top 8 para crianças e familiares se divertirem

A Sony divulgou uma lista com 8 jogos no seu PlayStation para crianças e adolescentes curtirem no PlayStation Plus, serviço de assinatura da empresa, durante o período das férias. Entre os títulos, estão games para crianças, adolescentes e para toda família se divertir junto.

Jogos Kids

• Paw Patrol: Mighty Pups Save Adventure Bay – Disponível a partir do plano Extra
• Rabbids Invasion: The Interactive TV Show – Disponível a partir do plano Extra
• Astro’s Playroom – Disponível gratuitamente para PlayStation 5

Jogos Teen

• LEGO Marvel Super Heroes 2 – Disponível a partir do plano Extra
• The Sims 4 – Disponível a partir do plano Extra
• Ratchet & Clank: Em uma Outra Dimensão – Disponível a partir do plano Extra

Jogos para toda Família

• Moving Out 2! – Disponível a partir do plano Extra
• Fall Guys – Disponível gratuitamente para PS4 e PS5