Quatro em cada 10 professores já ajudaram alunos com problemas na internet

Quatro em cada 10 professores já ajudaram alunos com problemas na internet

Pesquisa apontou que escolas particulares desenvolvem mais atividades para lidar com bullying e assédio

AE

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Quatro em cada dez professores brasileiros já ajudaram alunos a enfrentarem situações problemáticas ocorridas na internet como bullying, discriminação, assédio e disseminação de imagens sem consentimento. Os dados fazem parte da 8ª edição da pesquisa TIC Educação, divulgada nesta quarta-feira, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). A pesquisa, de abrangência nacional, mostra a apropriação das tecnologias da informação e comunicação pelas escolas brasileiras. Segundo o estudo, 56% dos professores das áreas urbanas já promoveram debate com os alunos sobre como usar a internet de forma segura e 66% estimularam os alunos a debaterem sobre problemas que enfrentam na internet.

"Este foi o primeiro ano que a gente coletou esse dado. Coletávamos com os diretores e perguntamos para os professores se eles já tinham ajudado os alunos. Vamos aprofundar essa questão e abordar o uso crítico das tecnologias. Se o professor compreende as atividades que os alunos desenvolvem na internet e se eles sabem o que divulgar ou não.", explica Daniela Costa, coordenadora da pesquisa.

Segundo Daniela, a pesquisa apontou que as escolas particulares desenvolvem mais atividades para lidar com essas situações, mas, tanto na rede privada quanto na pública, as ações são mais ligadas a atuar diante de problemas do que em iniciativas preventivas. "Perguntamos se, no último ano, a escola tinha realizado algum debate e os porcentuais foram menores do que se a escola tinha realizado esse tipo de atividade em algum momento. Pode ser que essas ações ainda sejam pontuais, não estejam integradas e ocorram quando algo acontece na escola."

A conectividade dos estudantes também tem alterado o comportamento em sala de aula. De acordo com a pesquisa, 29% dos professores já receberam trabalhos ou lições pela internet, 42% tiraram dúvidas dos alunos online e 48% disponibilizaram o conteúdo na internet para os estudantes. Os números, no entanto, são desiguais se comparadas as redes pública e privada do País. Sete em cada dez alunos da rede privada dizem fazer trabalhos a distância com a internet. Na rede pública, esse porcentual cai para 60%.

Acesso à internet

A conexão de estudantes e professores também é desigual, quando são comparadas as áreas rurais e urbanas. A pesquisa aponta que, entre as escolas rurais, só 36% tinham acesso à internet. Quase metade delas (48%) apontaram a falta de infraestrutura na região como motivo para a falta de internet e 28% destacaram o alto custo da conexão. A pesquisa coletou dados de 957 escolas localizadas em áreas urbanas e realizou 1.481 entrevistas com diretores ou responsáveis pelas instituições de ensino localizadas em áreas rurais.



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