Reunião entre governo e Cpers termina sem acordo

Reunião entre governo e Cpers termina sem acordo

Secretário Vieira da Cunha admitiu salários baixos do magistério, mas ressaltou que não há chance de reajuste imediato

Jéssica Mello

Greve do magistério começou semana passada

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A reunião entre Secretaria de Educação e Cpers Sindicato na tarde desta segunda-feira terminou sem acordo. Um novo encontro ficou marcado para a terça-feira da semana que vem, dia 31, pela manhã, quando o governo se comprometeu a responder por escrito a cada item da pauta de reivindicações da categoria. Apenas o comando de greve entrou no auditório Paulo Freire, no Centro Administrativo. Os outros professores foram impedidos de entrar no local.

O secretário Vieira da Cunha deixou claro que não há possibilidade de reajuste salarial. “O secretário adjunto e toda a equipe técnica da Fazenda estiveram junto para mostrar a inviabilidade de qualquer proposta de reajuste. Todos sabem que o Estado sequer consegue pagar em dia a sua folha e neste momento é impensável para um governo responsável propor qualquer reajuste”, afirmou. Ele reconheceu ainda que os salários dos professores são baixos. “O governo concorda que o magistério recebe uma remuneração aquém do que merece. Isso é incontestável”, destacou.

A categoria pede um reajuste imediato de 13,01%, mais 11,66% referente a 2016, além de uma proposta para repor a defasagem de 69,44%. “Há 44 anos o Estado gasta mais do que arrecada e, para nós, não é possível não apresentar nenhuma proposta. Vai aumentar a dívida, mas eu acho que tem que investir e valorizar”, defendeu a presidente do Cpers, Helenir Schürer. Os professores pedem ainda a retirada do Projeto de Lei 44, que transfere algumas funções do Estado para pessoas jurídicas de direito privado, da Assembleia Legislativa, novos concursos, contratação de aprovados, mais estrutura e segurança nas escolas.

Ocupações também foram tema

A ocupação das escolas pelos estudantes também foi tema do encontro. Vieira da Cunha disse que pretende dialogar com os alunos e que deve procurar os grupos para ouvir sobre a pauta e mostrar o que o governo tem feito. “No ano passado, 33,7% da receita líquida foi para a educação. Esse foi o maior investimento na área na última década. Sabemos que é uma extensa pauta e que eles têm razão em muitas delas, mas tenho certeza que quando tiverem conhecimento do que vem sendo feito, retomarão suas atividades normais”, disse.

Helenir reafirmou a importância das ocupações. “No momento que os estudantes começam a cobrar aquilo que é direito, eles são cidadãos. Qualquer pessoa que defende a educação defende exatamente isso”. O secretário afirmou que se reuniria logo após o término do encontro para o Palácio Piratini para falar com o governador José Ivo Sartori sobre a negociação.





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