SMED abre sindicâncias para apurar presença de crianças em protestos de professores
Comissão Permanente de Sindicância começa a ouvir representantes de escolas envolvidas nesta segunda-feira
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As sindicâncias são para apurar eventuais irregularidades: envolvendo a Escola Municipal de Ensino Fundamental Chico Mendes e a suposta impossibilidade de alunos ingressarem na unidade de ensino e envolvendo a Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Villa Lobos durante manifestação em via pública em horário de aula. Além disso, será investigada a realização de filmagem dos alunos no refeitório das escolas Deputado Victor Issler e Deputado Marcírio Goulart Loureiro e a divulgação dos vídeos em redes sociais. A secretaria também vai averiguar o impedimento de Servidores Públicos, Direções de Escolas e Cidadãos de ingressarem no prédio da SMED durante o horário de funcionamento.
De acordo com o secretário Adriano Naves de Brito, a maior preocupação está na participação de crianças durante as manifestações. “Queremos saber se os pais estavam cientes dessa situação, pois quando as crianças vão para a escola estão sob a nossa responsabilidade”. Adriano disse que a secretaria não recebeu reclamações de pais, diretamente, apenas de diretores que relataram ter sido hostilizados na frente da SMED. Além disso, a pasta recebeu comunicado de um boletim de ocorrência, que foi registrado por um pai. O filho teria sido proibido de entrar em uma escola que não adotou os novos horários determinados pela secretaria e entendeu que a criança estava atrasada. Segundo o secretário Adriano Naves de Brito, em caso de irregularidades, devem ser tomadas medidas jurídicas que estão previstas no estatuto municipal.
O diretor-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, Alberto Terres, criticou a postura da SMED e disse que foi descumprida a legislação que prevê a necessidade de aviso ao sindicato em caso de abertura de sindicância para que possa ser prestado auxílio jurídico aos servidores públicos. “Nós consideramos que são mais ataques que o governo Marchezan vem patrocinando não só contra os servidores, mas também contra a comunidade escolar que está protestando contra uma mudança no projeto político pedagógico”, defende Alberto. O sindicato confirmou que os servidores estão sendo notificados e garantiu o acompanhamento de um advogado durante as oitivas.