Cresce a mobilização de comunidades escolares contrárias ao fechamento de vagas nos anos iniciais do Ensino Fundamental (EF) em escolas públicas estaduais. Na quinta-feira (9/10), houve protesto contra a suspensão das matrículas para o 1° ano/EF, a partir de 2026, na Escola Estadual Piauí, na Capital.
Conforme Neiva Lazzarotto, diretora do 39° Núcleo do Cpers/Sindicato, a luta é contra mais um retrocesso imposto pelo governo do Estado. Instalada no bairro Nonoai, a Piauí atende, há décadas, a região, sendo atuante na formação educacional e no apoio local às famílias trabalhadoras. No ato, foi também denunciado que, em 2027, não devem ser abertas novas vagas no 2° ano; em processo seguindo nos demais anos, e podendo resultar no fechamento total da escola e remanejamento dos alunos para instituições municipais.
O Cpers assinala que “a municipalização fragiliza a estrutura e a organização educacional, além de provocar descontinuidade pedagógica, contribuindo para o aumento da evasão escolar”. E aponta que, em longo prazo, o projeto prevê transferir aos municípios a responsabilidade pelos ensinos Infantil e Fundamental, restringindo à rede estadual apenas o Ensino Médio.
Por considerar que representa um plano de desmonte educacional, o Sindicato reafirma que seguirá mobilizado e atuante para impedir tais retrocessos e defender o direito de todos à Educação pública de qualidade.