Ufrgs: protesto de estudantes defende respeito à paridade

Ufrgs: protesto de estudantes defende respeito à paridade

Ato diante da Reitoria, no Campus Centro, reivindicou cumprimento de norma que prevê peso igual dos votos de professores, alunos e servidores, já que a medida foi suspensa pela Justiça

Correio do Povo

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Membros da comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) realizaram protesto em frente à reitoria, localizada no Campus Centro da Ufrgs, em Porto Alegre, na manhã da última sexta-feira (5/7). Os manifestantes pediam respeito à consulta paritária e às decisões do Conselho Universitário (Consun) em relação à eleição para a nova reitoria da instituição.

Contexto

A consulta paritária, antiga reivindicação da comunidade universitária e que iria estrear na eleição deste ano, foi suspensa por decisão judicial emitida no começo deste mês. O pedido à Justiça partiu da atual administração da Ufrgs e foi encabeçado pelo pró-reitor de Inovação e Relações Institucionais, Geraldo Jotz. Com a decisão, a consulta informal à comunidade universitária, que acontece antes da eleição formal à reitoria, volta a contar com 70% de peso para votos de docentes e 30% para votos de alunos (15%) e servidores (15%). A consulta está prevista para ocorrer na próxima segunda-feira (15/7).

Em nota, emitida no dia em que a suspensão da paridade foi deferida pela Justiça, o Consun destacou que: “diante de inúmeras iniciativas de coerção de realização da consulta paritária, aprovada nos termos das Resoluções 291/2023 e 92/2024 do Consun, que expressam uma demanda histórica da comunidade universitária pelo avanço da democracia na Ufrgs, o Consun – órgão máximo de função normativa, deliberativa e de planejamento da Universidade – reitera a decisão por paridade na consulta à Reitoria; e ainda ressalta que, por ser uma instância deliberativa, deve ter suas resoluções respeitadas e encaminhadas”.

O Conselho ainda informa que aguarda a liberação do sistema de eleições, de responsabilidade do Centro de Processamento de Dados (CPD) da universidade. O acesso, anteriormente negado, foi exigido pela Justiça após ação movida por entidades representativas de professores e técnicos da Ufrgs (Assufrgs, Adufrgs e Andes/Ufrgs).




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