Volta às aulas preocupa e mobiliza a comunidade
Comissão de Educação da AL quer constituir Comitê Científico para acompanhar o retorno. E pais se mobilizam para evitar a volta em julho
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A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do RS (AL), presidida pela deputada Sofia Cavedon, votará, na terça-feira (2/6), proposta de audiência pública para tratar sobre estratégias pedagógicas para o período de aulas remotas, que terá início em 1º/6 na rede pública. O objetivo, de acordo com a parlamentar, é chamar o governo para discutir “as plataformas digitais que serão utilizadas, como se dará o acesso a alunos e professores, e como será dado apoio às atividades domiciliares”.
A proposta de discussão decorre da mobilização de diversas entidades e movimentos ligados à educação, que demonstram preocupação com a retomada das aulas presenciais e a viabilização das aulas remotas. Antes mesmo do anúncio do plano de retorno às aulas, a Comissão havia enviado ao governador um documento com manifestação contrária ao retorno das aulas presenciais, e com proposta de constituição de um Comitê Científico e Pedagógico, com representantes de instituições educacionais das redes municipais, estadual e privada. “Percebe-se que não há uma escuta unificada de todos os setores representativos da comunidade escolar de diferentes redes, então entendemos que o ideal para projetar o próximo período é a construção desta mesa, com presença de todos”, explica a deputada.
Alinhados ao posicionamento da Comissão de Educação, três grupos formados por membros da comunidade escolar lançaram abaixo-assinados on-line para não retomada das aulas durante à pandemia. São mais de 56 mil assinaturas coletadas até momento, através de links em facebook.com/groups/direitoaoensinonaopresencialdurantepandemia.
Segundo uma das integrantes desse movimento, Cassiana Lipp, além das petições virtuais, representantes têm participado das reuniões da Comissão de Educação da AL, para acompanhar as discussões sobre o retorno das aulas. “Ficamos satisfeitos, pelo mês de junho ser totalmente dedicado ao ensino remoto. No entanto, a retomada proposta para julho não foi bem recebida, considerando que o pico do inverno traz diversas doenças respiratórias e lotações de hospitais”, destacou Cassiana.
