Órgãos anunciam fim de situação de emergência ambiental no Litoral

Órgãos anunciam fim de situação de emergência ambiental no Litoral

Batalhão ambiental da BM segue monitoramento na orla

Correio do Povo

Fepam constatou que mancha de petróleo dispersou-se no oceano

publicidade

A Fepam, o Ibama e o Ministério Público do Rio Grande do Sul anunciaram, através de nota oficial, o encerramento da situação de emergência ambiental em relação ao vazamento de petróleo no mar ocorrido na noite de quarta-feira passada em Tramandaí, no Litoral Norte. O monitoramento da área, porém, prossegue no final de semana com patrulhamento e coletas da água para análise, além de estarem alertas para o recolhimento de eventuais espécimes atingidas pelo derramamento. A suspensão da emergência ambiental foi decidia após vistoria aérea na região, sendo verificada que a mancha de petróleo dispersou-se no oceano e “não está mais perceptível”.

Na manhã deste domingo, o comandante do 1º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, major Rodrigo Gonçalves dos Santos, confirmou o fim da emergência ambiental. Conforme o oficial, a BM está percorrendo por via terrestre toda a orla e até o momento não foi encontrado nenhum animal com vestígios de óleo. “A mancha se dissolveu”, resumiu, afastando o perigo de contaminação das praias. Nesse sentido, lembrou, o vento afastou a mancha para longe.

Para o Promotor de Justiça Fernando Andrade Alves, a dissipação da mancha, com o encerramento da emergência ambiental, contribui para tranquilizar as comunidades que poderiam ter prejuízos ainda maiores caso o petróleo chegasse até a costa. Ele assegurou que permanecem as investigações das autoridades ambientais e órgãos perícias para adoção de providências e apuração das responsabilidades pelo evento.

Um inquérito civil foi aberto pelo Ministério Público no dia seguinte ao derramamento, sendo instaurado pelo Promotor de Justiça de Tramandaí Fernando Andrade Alves. O objetivo é apurar as consequências do vazamento no que se refere à eventual dano moral coletivo. Conforme havia se manifestado a Transpetro, o forte vento na região causou a desconexão entre um navio que desembarcava o produto e a monoboia do Terminal Almirante Dutra. Conforme a empresa, o vazamento foi de cerca de 2,5 mil litros de petróleo.

O Promotor de Justiça Fernando Andrade Alves acompanhou os trabalhos periciais, incluindo coletas de material no local realizados pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) por meio de embarcação cedida pela Petrobras. Houve ainda a medição do IGP e da Polícia Federal da extensão da mancha de petróleo decorrente do vazamento. Ele lembrou que, apesar da questão do dano ambiental estar sob atribuição do Ministério Público Federal, o MP do RS instaurou inquérito civil para acompanhamento dos trabalhos periciais diante da preocupação com os prejuízos que o vazamento poderia ocasionar à comunidade local. “É atribuição do MP atuar com relação a possíveis danos morais coletivos”, esclareceu.

Na sexta-feira passada, a Fepam havia reavaliada a situação optando pela dispersão mecânica ao invés do uso de produto químico. Dez embarcações da Transpetro foram mobilizadas para a tarefa, sendo constatada na ocasião que a mancha já encontrava-se espalhada. A Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção e Defesa do Meio Ambiente, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), sob comando da delegada Marina Goltz, também abriu inquérito para apurar a ocorrência.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895