Alunos decidem manter ocupação na Faculdade de Direito da Ufrgs

Alunos decidem manter ocupação na Faculdade de Direito da Ufrgs

Estudantes iniciaram protesto em razão de supostas falhas em concurso para professor<br />

Rádio Guaíba

Alegação de falhas em seleção para professor motivou os alunos a ocuparem o prédio

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Estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira, manter a ocupação do prédio da faculdade, iniciada nessa segunda. Os alunos devem permanecer no local ao menos até esta quarta-feira, quando o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) julga o recurso referente à anulação do concurso para professor na disciplina de Criminologia e Direito Penal.

A alegação de falhas no concurso motivou os alunos a ocuparem o prédio. Os estudantes querem a anulação do processo seletivo, o afastamento de parte dos diretores e a abertura de processo administrativo.

A presidente do Centro Acadêmico André da Rocha (CAAR), da Faculdade de Direito, Gabriela Armani, disse quealguns professores cancelaram as aulas nesta terça em função da ocupação. Ela ressaltou, porém, que os estudantes não impedem que as aulas sigam sendo ministradas e que a secretaria continue funcionando.

A assessoria de imprensa da Ufrgs informou que não houve orientação para cancelamento de aulas por parte da direção, mas que os professores dispõem de autonomia para definir horários de aula ou mesmo cancelamento.

O CAAR ressaltou que o movimento teve início ainda no ano passado, após indícios de suspostas irregularidades no concurso realizado em dezembro. Durante o processo seletivo, segundo os alunos, um dos integrantes da banca deu nota máxima a apenas um candidato e atribuiu conceito baixo aos demais.

Os dois professores externos da banca se manifestaram pela não homologação do concurso na ata de conclusão dos trabalhos. Posteriormente, assinaram declaração afirmando terem se sentido constrangidos pela forma como foi conduzido o processo, citando que manifestações do presidente da banca comprometeram a imparcialidade da seleção. 

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