Anulado na Justiça acordo para pagamento do piso do Magistério

Anulado na Justiça acordo para pagamento do piso do Magistério

Judiciário acolheu recurso do Cpers que contestava decisão tomada no final de abril

Rádio Guaíba

Nesta segunda-feira, data em que Tarso Genro completa 500 dias no Palácio Piratini, professores realizaram ato em frente à sede do governo gaúcho

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O Cpers/Sindicato anunciou nesta segunda-feira que ganhou a ação judicial que anula o acordo firmado entre o Ministério Público (MP) e o governo do Rio Grande do Sul para o pagamento do piso do Magistério. A decisão é da 2ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre.

A proposta indicava que nenhum professor que trabalhe 40 horas semanais poderia ganhar menos que R$ 1.451. O acordo foi estabelecido no final do mês de abril. O pagamento estava previsto para ser feito em folha suplementar nesta terça-feira, dia 15 de maio.

Dois recursos haviam sido protocolados na Justiça pelo Cpers. Um deles solicitava o direito de o Sindicato ser parte do processo, e o outro pedia a anulação do acordo entre o Ministério Público e o governo estadual. Ainda cabe recurso à decisão.

Nesta segunda-feira, data em que Tarso Genro completa 500 dias no Palácio Piratini, professores liderados pelo Cpers realizaram um ato em frente à sede do governo gaúcho. Com cartazes e faixas, os manifestantes ocuparam o trecho da avenida Duque de Caxias, impedindo o acesso de funcionários pela entrada principal. Nas principais escolas estaduais de Porto Alegre, alguns professores optaram por redução no período de aula e outros mantiveram as atividades.

Tarso diz que situação "é constrangedora para o Cpers"

O governador Tarso Genro se manifestou a respeito da decisão da Justiça de anular o acordo do Executivo com o Ministério Público. Para ele, a medida causa constrangimento para os professores e para o Cpers/Sindicato. "Nós não temos mais condições de deixar de fazer o pagamento. Porque o pagamento já está no banco. Ficou uma situação muito constrangedora, muito ruim para os professores e para o Cpers. Mais uma vez o Cpers toma providências para que não haja aumento. É uma coisa que eu nunca vi na história do sindicalismo", afirmou o governador.

Cpers rebate e diz que exige o pagamento do piso nacional

A presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira, respondeu a declaração do governador Tarso Genro, que classificou a situação como "constrangedora" para a categoria, após a decisão judicial. "Não é correto o governo junto com o Ministério Público fazer um acordo desrespeitando uma lei federal. Acho que o resultado é muito importante. O juiz foi muito claro dizendo que este pagamento não corresponderá ao pagamento do piso. Ele revoga a decisão e a homologação, e diz que o acordo é ilegal em relação a lei do piso nacional", ponderou Rejane, comemorando a decisão.

Com informações dos repórteres Samuel Vettori e Voltaire Porto

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