Após quatro horas de depoimento, Neymar nega crime de estupro contra modelo

Após quatro horas de depoimento, Neymar nega crime de estupro contra modelo

Atacante falou na Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Sul de São Paulo

AE

Depoimento do jogador demorou quase quatro horas

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Em um depoimento com cerca de quatro horas de duração, o atacante Neymar negou o estupro e agressão contra a modelo Najila Trindade na 6.ª Delegacia de Defesa da Mulher, no bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. Além disso, o atacante respondeu a todas as perguntas sobre o encontro que ocorreu em um hotel de Paris, na França, no último dia 15.

Na saída, o atacante fez um breve pronunciamento. "Agradeço o carinho de todos. Estou tranquilo e agradeço as mensagens que recebi até agora. A verdade aparece cedo ou tarde", afirmou. A revelação sobre o teor do depoimento foi feita pela promotora Flávia Merlini, uma das três especialistas designadas pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para acompanhar as investigações. 

"Ele respondeu a todos os esclarecimentos. Ele respondeu todas as perguntas de maneira satisfatórias. Ele negou o crime", disse Flávia, que atua na área de Justiça de Enfrentamento à Violência Doméstica.

Neymar é o último a depor no inquérito que investiga a suposta agressão sexual contra a modelo, que teria acontecido em Paris, no dia 15 de maio. "A partir de agora, a doutora Juliana (Bussacos) vai tomar outras diligências necessárias até a conclusão do inquérito. Como o inquérito é sigiloso, não podemos divulgar quais serão as outras diligências", afirmou a promotora.

Flávia Merlini acredita que não será necessária acareação entre Neymar e Najila, mas diz que essa posição ainda não é definitiva e será discutida com a equipe de investigadores do caso. Antes e depois do depoimento, um grupo de fãs de Neymar realizou uma manifestação de apoio ao jogador. Os fãs se aglomeravam na entrada do estacionamento da delegacia. 

No início da tarde, eram cerca de 80 a 100 pessoas. À noite, o número subiu para cerca de 200. Ao longo do dia, foram ouvidos vários gritos contrários à modelo que acusou Neymar, entre eles "mercenária". Em alguns momentos, a manifestação de apoio ganhava os gritos típicos das arquibancadas. "Neymar, cadê você? Eu vim aqui só para te ver", cantou parte do grupo.

Neymar chegou do Rio de Janeiro em seu avião particular, desembarcou no Aeroporto de Congonhas e seguiu para a delegacia em comboio escoltado por duas viaturas policiais. Vestido de preto e andando de muletas por causa da ruptura de ligamento no tornozelo direito que o tirou da Copa América, o atacante chegou à delegacia por volta das 15h30 acompanhado por três advogados e seguranças. As janelas do prédio onde o depoimento foi dado foram cobertas por papel pardo para impedir a captura de imagens.

A Polícia Civil montou um amplo esquema de segurança, com participação do Grupo de Operações Especiais (GOE) e cavaletes de metal para isolar a área da imprensa e a entrada da delegacia. Não houve tumultos.


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