Após regredir para bandeira vermelha, Porto Alegre tem grande movimento na Orla do Guaíba

Após regredir para bandeira vermelha, Porto Alegre tem grande movimento na Orla do Guaíba

Cena de famílias e amigos passeando pela região, muitos sem máscara, se repetiu mais uma vez neste domingo

Felipe Samuel

Após regredir para bandeira vermelha, Porto Alegre tem grande movimento na Orla do Guaíba

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Um dia após anúncio do governo do Estado informando que a Porto Alegre migrou para a bandeira vermelha no modelo de distanciamento controlado, que impõe mais restrições à circulação de pessoas, a Orla do Guaíba voltou a registrar grande movimento na tarde de ontem. A cena de famílias e amigos passeando pela região, muitos sem máscara, se repetiu mais uma vez no domingo, com aglomeração em vários pontos da orla. A impressão é de que boa parte da população desconhece a pandemia do novo coronavírus no país. 

A presença de viaturas da Guarda Municipal e as recomendações para a população ficar em casa e evitar reuniões parecem não surtir efeito em parte do público que frequenta a região. E agora com o agravante de que boa parte ignora a orientação para uso de máscaras. Apesar do cenário de pandemia, há quem acate as recomendações das autoridades de saúde. A dona de casa Helena Quadros, que mora em Canoas, no bairro Fátima, passeou pela orla na companhia do neto Igor. Ambos usavam máscara. Mesmo assim, pararam junto a um ambulante para adquirir mais uma máscara. "A gente tá vendo menos gente passeando com máscara aqui, mas lá em Canoas notamos mais gente de máscaras", observa.

Helena lembra que o neto de 14 anos, que mora em Alegrete, passa um período na sua casa em função da paralisação das aulas. "Tem que tomar cuidado, não é brincadeira (a doença). Tem muita gente sem máscara, crianças também. E muita aglomeração. Desse jeito não vamos conseguir diminuir nunca" destaca.

O vendedor Paulo Ricardo Rodrigues da Silva, 55, comercializa máscaras desde março na orla e na Rua da Praia. No período de alta, chegou a vender 30 peças por dia. Há três semanas percebeu redução no interesse do público no acessório. "Agora em média sai entre 3 e 4 por dia. Estou até diminuindo preço da máscara, que vendia a R$ 10, e passando a vender por R$ 8", explica.

Ele relata que no dia a dia observa que muita gente está saindo de casa sem o acessório. E critica a falta de conscientização das pessoas. "Por mais incrível que pareça, tem pessoas que não acreditam no vírus. Muita gente acha que é um ato político, mesmo com as pessoas morrendo", alerta.


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